Os Motoboys no Globo da Morte: circulação no espaço e trabalho precário na cidade de São Paulo

A atividade profissional dos motoboys é um fenômeno urbano bastante recente. Cada vez mais integrada à paisagem da cidade de São Paulo, ela tem suas origens em meados da década de 1980 e impulso definitivo no início da década de 1990. Devido ao seu rápido e exponencial crescimento, aliados à dinâmica e natureza de seu trabalho, os motoboys passam a ser alvos certos e constantes das mais diversas controvérsias e conflitos no trânsito paulistano.

Isso porque os motoboys aceleraram rapidamente suas motocicletas pelas as ruas e as avenidas de São Paulo, ziguezagueando entre um carro e outro, para que as entregas (pequenas mercadorias e documentos diversos) precisam chegar ao seu destino certo e no tempo previsto. E é esta relação tênue com a cidade, entre as exigências do tempo e limites do espaço, a expectativa e a satisfação das entregas rápidas, que a atividade profissional dos motoboys, submetida às estratégias e às racionalidades do capitalismo contemporâneo, garante parte das exigências da circulação rápida e consumo na cidade de São Paulo.

É neste sentido que a atividade profissional dos motoboys ajuda a revelar as transformações socioespaciais na cidade e no mundo do trabalho. Isso porque, parte considerável desses profissionais passa a ocupar os postos da subcontratação, do trabalho parcial, do trabalho temporário, do trabalho terceirizado, especialmente aqueles que disparam na garupa da informalidade.

A atividade dos motoboys não é um fenômeno exclusivo de São Paulo. Ao contrário. É um fenômeno que se multiplica especialmente nas grandes cidades brasileiras – até mesmo internacionais. Na capital paulista, acredita-se que o número pode chegar até 250 mil profissionais. Um estudo publicado pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), em 2003, mostra que dos 1141 motociclistas entrevistados, 62% eram motoboys e 38% eram motociclistas. Entre os primeiros, verifica-se o predomínio do sexo masculino: são 99% do total. Outro quesito que é possível observar relaciona-se à faixa etária dos motoboys, pois há um predomínio entre 20 e 24 anos, representando 32%; se agruparmos aqueles de faixa etária entre 18 e 29 anos, verifica-se um predomínio de 77%.

Mas apesar dos números apontarem uma atenção especial aos jovens motoboys, o fato é que independente da idade e do gênero, o que prevalece é a necessidade de garantir as entregas rápidas no espaço voltado às exigências da circulação. Mas esta racionalidade que enquadra os motoboys como parte desta nova condição da cidade torna-se ainda mais aguda quando aquelesna informalidade, comsuas decorrentes formas de remuneração (basicamente por hora ou por entregas efetuadas), acabam sendo induzidos a um ritmo intenso de entregas e, por conseguinte, expostos as mais diversas situações de riscos e acidentes de trânsito inerentes a sua atividade profissional.

Manifestação dos Motoboys no Centro de São Paulo – Foto do autor, 18/01/2008
Manifestação dos Motoboys no Centro de São Paulo – Foto do autor, 18/01/2008

Parte da explicação desse fenômeno urbano que desponta em São Paulo com maior intensidade na década de 1990 em diante, refere-se ao histórico privilégio concedido aos motoristas de automóveis em detrimento dos transportes coletivos, que induziu um aumento excessivo de automóveis e altos índices de congestionamento em São Paulo.

É neste sentido que, à primeira vista, a motocicleta aparecia como uma alternativa motorizada e viável ao congestionamento do trânsito paulistano. Não por acaso que na cidade de São Paulo, segundo o Detran (Departamento Estadual de Trânsito), em 2000 a frota de motocicletas era de 348.098 unidades e, em 2008, passou para 658.973, o que representou um aumento aproximado de 90% no período.

Todavia, o crescimento da frota de motocicletas acabou gerando uma série de conflitos e disputa pelo espaço, principalmente entre os motoristas de automóveis, historicamente privilegiados, e motoboys, os “invasores”. E, justamente, a partir desta relação conflituosa que se verificou uma aumento intenso dos acidentes envolvendo motocicletas – mesmo não especificando se o motociclista era ou não motoboy –, conforme dados da CET, foram registrados, em 2007, 15.193 acidentes com vítimas envolvendo motocicletas (55% do total), aproximadamente 41 acidentes por dia. Já em relação aos acidentes fatais envolvendo as motocicletas, em 2007, aconteceram 466 óbitos, cerca de 1,3 por dia.

Para maio­res informações

SILVA, Ricardo Barbosa da. Motoboys no Globo da Morte: circulação no espaço e trabalho precário na cidade de São Paulo. 1. ed. São Paulo: Humanitas/Fapesp, 2011. 260p. ISBN: 978-85-7732-163-6.

SILVA, Ricardo Barbosa da. Motoboys, Circulação no Espaço e Trabalho Precário na Cidade de São Paulo. Geousp (USP), v. ed., p. 41-58, 2009. Disponível em: http://citrus.uspnet.usp.br/geousp/ojs-2.2.4/index.php/geousp/article/viewArticle/160

Ricardo Barbosa da Silva é Doutor em Geografia Humana pela Universidade de São Paulo e Professor da Faculdade de Tecnologia do Estado de São Paulo.

¿Qué Transición contar? ¿Qué Transición enseñar?

Este año 2015 se cumplen 40 años de la muerte, en el hospital La Paz de Madrid, de Francisco Franco. Su fallecimiento abrió paso a un proceso de reformas políticas -conocido como Transición- que dio como resultado el sistema político que rige hoy la vida política de España. Este proceso político se describe aún como modélico, ejemplo para otras realidades, dirigido por una élite moderna, y pacífico, con una ausencia notable de violencia política. Un modelo que se ha transmitido generacionalmente y que actualmente sigue siendo enseñado y reivindicado.

El estudio de las instituciones locales y su evolución para trabajar la transición a la democracia española y el marco constitucional de 1978 es más urgente que nunca.

Hoy, 40 años después, la revisión historiográfica realizada sobre el proceso, y en la que actualmente se encuentra enfrascada gran parte de la Academia, ha venido a plantear nuevas variables explicativas que vienen a romper con este modelo impecable. Sabemos ya que el proceso de cambio político estuvo basado en una fuerte incertidumbre, donde el papel del Rey, Juan Carlos I, o del presidente del gobierno desde 1976, Adolfo Suárez, no fue tanto el de estadista sino el de regulador de un proceso con fuertes renuncias. El protagonismo de personajes secundarios o menores, no todos partidarios del proceso, está cada vez más descrito. Además, la explicación de la propia Transición a partir de su resultado: la Constitución de 1978, está cambiando para comenzar a plantear otras salidas no realizadas, ya sea por miedo o por el peso del Estado que siempre tuvo “la sartén por el mango” en la negociación.

La presencia del relato monolítico ha hecho, en cambio, que sepamos poco de otros actores fundamentales: la Iglesia, el poder judicial o policial, el ejército o las instituciones locales. Asumir como cierto que la Transición se hizo pensada, dirigida y organizada ha llevado a olvidar que otros actores tuvieron protagonismo y jugaron sus cartas dentro del proceso.

Por lo que respecta a las instituciones locales, muy pocos españoles y españolas conocen o recuerdan que después de la muerte de Franco el Estado mantuvo en sus cargos a los principales administradores de las localidades nombrados por la administración franquista: concejales, alcaldes, gobernadores civiles o presidentes de Diputación. Ello llevó a la convivencia de las redes y lealtades anteriores en un régimen que se iba transformando, especialmente tras la aprobación de la Ley para la Reforma Política en diciembre de 1976. Como hemos constatado para el caso de Valencia, las tensiones fueron evidentes y se acrecentaron especialmente tras las elecciones de 1977, las primeras tras 40 años de dictadura.

Explicar, por tanto, el propio control que realizó el Estado del proceso es fundamental. Renovar primero las instituciones locales en procesos electorales abiertos podía suponer un peso notable de la izquierda y de las fuerzas rupturistas que podían dar al traste con el proceso organizado por el centrismo de la UCD. “Primero la reforma, luego los ayuntamientos”, pasó a ser una de las escasas hojas de ruta del gobierno central lo que llevó a no pocas desavenencias y presiones. Muchos alcaldes o presidentes de Diputación renunciaron a sus cargos, otros se enrocaron en sus perspectivas inmovilistas o aprovecharon su cargo para organizar políticamente una oposición regionalista a los gobiernos preautonómicos.

Los ayuntamientos, principal referencia política de la ciudadanía no se transformaron políticamente hasta 1979, con las elecciones de abril de ese mismo año y que dieron como resultado un triunfo de la izquierda en las principales ciudades del país. Una nueva élite emergió con fuerza y ocupó el protagonismo del proceso con nombres como los de Tierno Galván o Narcís Serra. Las nuevas políticas de los principales consistorios arrastraron una deuda considerable, herencia de las administraciones anteriores, pero adoptaron ejes novedosos como los cambios en la planificación urbanística, el impulso a los órganos de participación ciudadana o nuevas políticas sociales y culturales. Con la renovación en las instituciones más próximas a los ciudadanos se completaba el programa de reformas iniciado en 1976 y se ponía en práctica, desde lo próximo, el lenguaje democrático de la Transición.

También es cierto que las nuevas instituciones locales tuvieron que hacer frente a problemas heredados y nuevos, gestionar lo local no era fácil y mucho menos después de la larga etapa de opacidad anterior. Ello llevó a que muchas de las promesas lanzadas antes de 1979 nunca pudieran realizarse, y el inicio de un cierto desencanto ciudadano no tardase en llegar.

Con la recuperación del papel institucional anterior queremos subrayar la importancia por restaurar un relato completo de la Transición rico en matices por su multitud de ángulos ciegos no narrados. El proceso político que hoy seguimos contando, enseñando en nuestras escuelas y reivindicando desde la cultura y la política está muy alejado de la idea convulsa, conflictiva, no lineal y llena de matices que encierra el proceso democratizador español. En nuestra mano está reivindicar un estudio diferente del proceso. La democracia no se logró en una hora, su pervivencia y supervivencia en nuestra realidad política es responsabilidad de todos los ciudadanos y ciudadanas.

Para más información:

COLOMER, J.C. Gobernar la ciudad. Alcaldes y poder local en Valencia. (1958-1979), Universitat de València, 2014. Tesis doctoral disponible en: http://roderic.uv.es/handle/10550/36974

Juan Carlos Colomer Rubio es profesor del Departamento de Didáctica de las Ciencias Experimentales y Sociales de la Universitat de València

La red telefónica de la Mancomunidad de Cataluña (1916-1924)

Ángel Calvo

En nuestra ingenuidad inocente, no pocos de nosotros pensamos que una tecnología dada se extiende por su superioridad frente a las existentes, por su excelencia, en suma. Olvidamos así que está sometida a la lógica de las condiciones socioeconómicas, culturales y políticas en que nace y debe desenvolverse.

De vez en cuando los media airean las tremendas diferencias existentes en el acceso a las redes de comunicación según el lugar de residencia de los usuarios. Así, señalan por ejemplo, que más de 2.700 pueblos no pueden navegar por Internet a 10 megas o que la llegada de la fibra óptica y 4G a las grandes ciudades colisiona frontalmente con el reducido número de hogares con accesos mínimamente aceptables.

La desigualdad en el acceso a las redes de comunicación arranca ya desde las fases iniciales del desarrollo de las mismas, rasgo extensible a diversas formas de respuestas a esta injusta situación, llámense cooperativas o programas públicos. Esta diversidad de respuestas pretendía poner al alcance de la población un servicio reservado para unos pocos por su carestía. Tan solo profesionales, comerciantes, hoteleros, industriales o simples individuos con abundantes recursos podían permitirse lo que se consideraba un lujo.

En este sentido, resulta curioso señalar que la primera cooperativa telefónica nació en Argentina con el propósito de contrarrestar el monopolio que ejercía la Unión Telefónica y fue organizada por el pionero DavidH. Atwell en Buenos Aires (1887), según señala Victor Maximilian Berthold, una de las autoridades en la historia mundial de la telefonía. A su vez, la configuración territorial descentralizada de Canadá alimentó la implicación de los gobiernos provinciales en la expansión del teléfono.

Existe un caso interesante de implicación de los gobiernos de estructura territorial descentralizada en la extensión del teléfono a las zonas más desabastecidas de servicio en España, poco rentables para la iniciativa privada. Fue posible cuando el sistema oligárquico de la Restauración borbónica, que abarca el reinado de Alfonso XII y primeros años del de Alfonso XIII (1876-1923), rompiendo su rigidez paralizante, se desprendió de sus prerrogativas en la regulación de los servicios públicos y cedió competencias a organismos públicos no estatales, como diputaciones, entidades mancomunadas y cabildos. Se adelantó la diputación vasca de Guipúzcoa, dentro de una región con honda tradición foral, y otras siguieron su ejemplo, no sin que por el camino quedaran algunos intentos loables. Vale la pena subrayar esta implicación de la iniciativa pública no estatal en la creación de las infraestructuras de comunicación de un país con una red telegráfica pública y un sistema telefónico predominantemente privado y deficiente.

Entre las actuaciones públicas que tuvieron un éxito relativo destaca la red telefónica pública de un territorio igualmente caracterizado por su fuerte sentimiento nacional. Fue creada por la Mancomunidad de Cataluña -entidad formada por las provincias de Barcelona, Gerona, Lérida y Tarragona- en el primer cuarto del siglo XX como una apuesta decidida por el servicio universal en ese territorio. Sin embargo, no figura en los manuales aunque no falta en ninguno de los estudios sobre la ‘obra realizada’.

Sin lugar a dudas, la creación de una red telefónica pública es el logro más comentado por quienes, desde ángulos bien diferentes a veces, se acercan al estudio de la obra de la Mancomunidad de Cataluña. Con todo, tales comentarios muy a menudo no superan el estadio de la simple alusión a los aspectos más visibles de la red, en especial los kilómetros de líneas, el número de centrales o la cantidad de pueblos puestos en comunicación. Aspectos capitales como la organización, las opciones tecnológicas más allá de la espectacularidad de la primera central automática o, todavía más, la aportación de los municipios al esfuerzo mancomunal quedan fuera de la atención de los especialistas.

El carácter singular del caso de la red telefónica de la Mancomunidad de Cataluña en perspectiva comparada, tanto a escala nacional como internacional, parece una realidad ajena a discusión. Recursos económicos escasos y corta duración de la experiencia, hecha trizas a causa de la supresión de la Mancomunidad por la dictadura del general Miguel Primo de Rivera (1923-1930), limitaron el alcance de un proyecto ambicioso e ilusionante, que pretendía prestar un servicio y, a la vez, convertirlo en elemento vertebrador del territorio. Rasgos fundamentales del caso estudiado son su naturaleza pública –valga la repetición-, la notable envergadura de la obra realizada, los numerosos proyectos sin ejecutar por causas y condicionamientos varios y la profunda huella en las instituciones que llevaron a cabo el programa y en los usuarios. Esa herencia se extiende también al propio sector del teléfono, puesto que la Compañía Telefónica Nacional de España (CTNE) hará suyos espíritu y letra del programa de la Mancomunidad, es decir, la ampliación, la unificación y la modernización del sistema telefónico español. Este detalle nunca, que se sepa, ha sido puesto de relieve hasta el momento y apunta a la posibilidad de influencias de primera hora de la dirección de la Sección de Teléfonos en el proceso de gestación de CTNE, convertida en el monopolio del servicio telefónico en España.

Por encima de todo, lo que desataca es el enorme papel desempeñado por los Ayuntamientos en la formación de la red y en los resultados. En otras palabras, esa gran ‘obra realizada’ tantas veces esgrimida no hubiese sido posible sin los recursos materiales, financieros y personales aportados por las corporaciones municipales, no siempre sobradas de ellos.

Para mayor información:

CALVO, Ángel. Teléfono para todos… o casi. La singular experiencia de la red de la Mancomunidad de Cataluña, 1914-1925. Scripta Nova. Revista Electrónica de Geografía y Ciencias Sociales. [En línea]. Barcelona: Universidad de Barcelona, 1 de julio de 2014, vol. XVIII, nº 481. <http://www.ub.es/geocrit/sn/sn-481.htm>. ISSN: 1138-9788.

Angel Calvo es Profesor Emérito de Historia ae Instituciones Económicas de la Universidad de Barcelona.

El paisaje explicado y el sistema territorial

Vicente Bielza de Ory*.

André Humbert de la Universidad de Nancy, desde su privilegiada visión como aviador, en el capítulo tres de su reciente libro Le géographe et le tapis volant transitadel paisaje admirado al paisaje explicado, para intentar rehabilitar el paisaje, explicándolo en relación con el sistema territorial. En un libro homenaje a Humbert, Paysages lus du ciel, el que suscribe intentó precisar más lo afirmado por el homenajeado, en el sentido de que es el sistema territorial el que debe explicar el paisaje observado.

Precisamente el que no se planteara así, por parte de los seguidores de la New Geography, fue una de las causas de la fractura que se produjo en la segunda mitad del siglo XX dentro de la Geografía humana, cuando el éxito de la escuela alemana del landschaft, como recuerda Claval en su Histoire de la Géographie (1995), radicaba en la unión de los dos objetivos abiertos anteriormente por las corrientes científicas del XIX. La conclusión a la que llega este geógrafo francés, es que la geografía como ciencia sigue teniendo, aunque matizados, similares objetivos a los propuestos un siglo antes, que se traducen en el paisaje.

Paisaje, sistema y territorio son tres palabras clave de la investigación geográfica y también de la ordenación del territorio (OT), función pública que se ha revelado como una buena piedra de contraste para la aplicabilidad de las teorías geográficas. La experiencia de algunos geógrafos, al adentrarnos en el trabajo multidisciplinar que entraña la OT, es que los demás especialistas que abordan el territorio en sus elementos, lo que nos demandan son las relaciones entre los elementos de dicho sistema territorial, cuya delimitación –morfológica o funcional- es tarea del geógrafo y cuya expresión interdisciplinar debe ser cartográfica y matricial, lo que implica, por parte del geógrafo, el conocimiento de la teoría general de sistemas (T.G.S.). La falta de un buen entendimiento de dicha teoría, que exige una cierta formación matemática, es la que, en parte, condujo al pronto desánimo de algunos geógrafos latinos, iniciales entusiastas de la New. Los principales creadores sistémicos, como Christaller y Berry, contaban con una formación económico-matemática. Por otra parte, la Nueva Geografía, al priorizar los factores y procesos económicos, se alejó de la consideración de los naturales, sociales y culturales. Las matrices y los modelos se apoyaron en las leyes económicas, como los paisajes clásicos se habían sustentado en las de la naturaleza. Así se llegó a una nueva geografía sin paisajes, como afirma Humbert en su citado libro. Si la Nueva Geografía se hubiera apoyado en sistemas territoriales no tendría que haber dado la espalda a los paisajes, pero ello hubiera implicado que se hubieran investigado, junto con el subsistema de ciudades, otros subsistemas del territorio -ecológicos, sociales y culturales- que plantean un orden creciente de dificultad en su cuantificación.

Por los motivos antedichos y por otros la crisis de la New Geography ya se había producido en algunos países, cuando en 1973 se entró en la crisis del binomio economía-territorio, que trajo consigo cambios en su relación y en los sistemas urbanos. La adaptación de la Geografía a la situación post industrial se traduce, como subrayó H. Capel (Vol. 1,  Nº 1  de GEOTRÓPICO), en referencias más raras al sistema urbano, pero también habría que apuntar valiosas innovaciones, como los modelos dinámicos no lineales aplicados a sistemas urbanos por D. Pumain (l’Espace géographique, 1997). Sin embargo, sigue habiendo un déficit en el desarrollo del sistema territorial propiamente dicho, por la dificultad de la modelización ponderada e integrada de los distintos subsistemas más allá del urbano. Algo similar ocurre en la Ordenación del Territorio. El sistema de ciudades se encuentra en la base de la primera Directiva de la Stratégie Territoriale Européenne (Potsdam, 1999) que propone un sistema urbano policéntrico y equilibrado para alcanzar un desarrollo equilibrado y sostenible del territorio de la Unión Europea. Pero cuando se plantean los otros subsistemas no se resuelven de forma verdaderamente sistémica, ni se integran entre sí. Por otro lado, al año siguiente, el paisaje en cuanto objeto científico ha sido recuperado por la ordenación del territorio desde la Convención europea del paisaje celebrada en Florencia. Y ha entrado con tal fuerza que en el inmediato Congreso Internacional de OT (Zaragoza, 2003) todos los profesionales de la OT y especialmente los arquitectos se centraron en el paisaje. Es decir, que desde fuera de la Geografía, en el cambio de milenio, se nos han señalado como objetos centrales de la Ordenación del Territorio tanto el paisaje, como el sistema territorial, cuestionados en la ciencia que los descubrió. El error, por parte de muchos geógrafos fue contraponerlos, cuando el segundo supone la abstracción del primero, que es, a su vez, la expresión morfológica de los elementos del sistema y de su interconexión.

BIELZA DE ORY, V. « Du paysage admiré au paysage expliqué et le système territorial », pp. 209-226, in  Jean Pierre Husson et Michel Deshaies (dir.). Paysages lus du ciel. Hommages à André Humbert. PUIN-Éditions Universitaires de Lorraine. Nancy, 2015, 392 pp.

HUMBERT, A. : Le géographe et le tapis volant. Casa de Velázquez. Madrid, 2012, 187 pp.

* Vicente Bielza de Ory. Catedrático de Geografía Humana

Los suelos helados en las cumbres de Sierra Nevada (España)

Marc Oliva Franganillo

Las montañas ibéricas han experimentado un aumento de temperatura de 0,8-1ºC desde finales del siglo XIX cuando finalizaba en el continente europeo la fase fría conocida como la Pequeña Edad del Hielo (finales siglos XIV-XIX). Desde entonces, los ecosistemas de la alta montaña peninsular han respondido en consecuencia: retroceso y desaparición de los glaciares, aumento en altura de las especies vegetales, degradación del permafrost, reducción progresiva de neveros permanentes, etc.

El permafrost es el suelo permanentemente congelado y en la Península Ibérica sólo se encuentra en la actualidad en las más altas cumbres de Pirineos, Sierra Nevada y, posiblemente, Picos de Europa.

Figura 1. Cara norte del Picacho del Veleta, Sierra Nevada.
Figura 1. Cara norte del Picacho del Veleta, Sierra Nevada.

El incremento de temperatura en Sierra Nevada se ha cuantificado en 0,93ºC desde finales del siglo XIX. Ello ha comportado la desaparición del glaciar que existía en el Corral del Veleta, así como la migración a mayor altura de los procesos ecológicos y geomorfológicos vinculados al frío. Con el objetivo de determinar la existencia de condiciones de permafrost en las culminaciones de Sierra Nevada, en el año 2000 se realizó una perforación de 114,5 m en la cumbre del Picacho del Veleta, a 3.380 m. Desde entonces miembros del grupo de investigación “Paisatge i paleoambients a la muntanya mediterrània” coordinado desde la Universidad de Barcelona han venido tomando datos de la temperatura del suelo hasta 60 m de profundidad de manera continuada.

Los resultados, inéditos hasta la fecha, han sido recientemente publicados en la prestigiosa revista Science of the Total Environment. Esta investigación enlaza con los anteriores trabajos del Grupo sobre la dinámica ambiental acontecida en Sierra Nevada desde que los hielos ocuparon sus montañas durante la Última Glaciación hasta nuestros días.

Entre 2003 y 2013 la temperatura anual en el Picacho del Veleta aumentó en 0,12ºC, situándose de media en 0,6ºC. Por lo tanto, no existen temperaturas medias del aire negativas en toda la Sierra, a diferencia de lo que acontecía un siglo atrás, y de lo que acontece hoy en montañas de cota parecida como Pirineos o Alpes. No obstante, el incremento de las temperaturas registrado durante esta última década en Sierra Nevada es menor que el aumento registrado en esas otras montañas.

Figura 2. Evolución de las temperaturas del aire en el Picacho del Veleta de 2003-2013.
Figura 2. Evolución de las temperaturas del aire en el Picacho del Veleta de 2003-2013.
Figura 3. Temperaturas media del suelo en el Picacho del Veleta
Figura 3. Temperaturas media del suelo en el Picacho del Veleta

En los picos culminantes de Sierra Nevada no existen temperaturas del suelo negativas durante todo el año (permafrost), con excepción de algunos circos donde había glaciares durante la Pequeña Edad del Hielo (como sucede puntualmente en el Corral del Veleta). En el Picacho del Veleta, las temperaturas a partir de unos 10 m de profundidad se estabilizan en 2ºC. A pesar de que las temperaturas del aire han mostrado un ligero incremento, las del suelo en el Picacho, desde los 2 a 20 m, han mostrado un enfriamiento a partir de 2006-2007. Desde entonces se ha constatado una sucesión de años con más nieve que durante los años anteriores, lo que ha enfriado la roca en profundidad.

Los escenarios climáticos para finales de siglo XXI proyectan un clima más cálido y con menos nieve en Sierra Nevada. Los resultados aquí presentados muestran que en los picos del macizo las temperaturas del aire durante la última década han aumentado por debajo de las proyecciones climáticas. Futuros trabajos deberán dilucidar si la tendencia divergente observada entre las temperaturas del aire y las del suelo en el Picacho del Veleta responde a un patrón puntual o se enmarca dentro de una tendencia de largo alcance.

Para mayor información:

Oliva, M.; Gómez Ortiz, A.; Salvador-Franch, F.; Salvà-Catarineu, M.; Ramos, M.; Palacios, D.; Tanarro, L.; Pereira, P. & Ruiz-Fernández, J. (2016).Inexistence of permafrost at the top of Veleta peak (Sierra Nevada, Spain). Science of the Total Environment, 550: 484-494.

http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0048969716301498

Marc Oliva Franganillo es Investigador del Instituto de Geografia e Ordenamento do Território y del Centro de Estudos Geográficos de la Universidade de Lisboa.

Expansión del ferrocarril en Europa, 1825-2010

Mateu Morillas-Torné*

La construcción de la primera línea de ferrocarril moderna del mundo unió en 1830 Liverpool con Manchester. Desde ese momento, la red se extendió y dominó el sector del transporte terrestre a medianos del siglo XIX. Pero fue paulatinamente sustituido por el transporte por carretera. En consecuencia, en la actualidad se ha convertido en un tema de interés académico, pero también de aficionados al ferrocarril. Prueba de ello son las numerosas asociaciones que difunden conocimientos alrededor de los ferrocarriles y defienden su patrimonio histórico.

Uno de los aspectos más interesantes es su implantación en el territorio. En este caso, en Europa, por ser cuna del ferrocarril en el mundo. Los mapas antiguos de ferrocarriles, originalmente destinados a los turistas, la información proporcionada por organismos oficiales y las publicaciones académicas permiten reconstruir la cronología de la apertura y cierre de las líneas a escala europea.

Las primeras líneas poco tienen que ver con las actuales. Se construyeron a principios del siglo XIX en las regiones mineras de Escocia y Gales, y sus locomotoras tenían frecuentemente tracción animal. Estas líneas eran financiadas por el capital privado y el Estado se limitó a legislar para fomentar la competencia.

La primera línea con tracción a vapor y servicio de pasajeros se construyó en 1825, y conectó Stockton con Darlington (40 km). George Stephenson, ingeniero constructor, decidió usar el ancho de vía más común en la región minera donde trabajaba: 1.422 mm. En 1830 se puso en servicio la considerada primera línea moderna del mundo, por ser únicamente con tracción a vapor, unir ciudades importantes y, desde sus inicios, tener ingresos elevados en el transporte de pasajeros. Se trata de la línea Liverpool-Manchester (97 km), por la que se añadió media pulgada de ancho de vía, llegando al actual estándar: 1.435 mm.

Este hecho comportó consecuencias importantes. El mismo Stephenson y otros ingenieros ingleses lo utilizaron para construir la infraestructura en otros países de Europa. Así, Holanda, que inicialmente utilizaba el ancho de 1.945 mm, tuvo que ceder ante las presiones de Prusia para adaptarse a los 1.435 mm. Lo mismo ocurrió con el Ducado de Baden (Alemania), después de haberla iniciado a 1.600 mm. Sin embargo, España y Portugal (1.668 mm), Rusia, Finlàndia y Republicas Bálticas (1.524 mm) e Irlanda (1.600 mm) no adaptaron su red, cosa que ha dificultado cruzar sus fronteras en ferrocarril.

Aparte del Reino Unido, otro país en iniciar tempranamente la construcción de la infraestructura ferroviaria fue Francia. Sus primeras líneas enlazaban las minas de carbón y centros industriales con la red de vías navegables. Sin embargo, su insuficiente capital privado obligó a constituir un sistema de economía mixta, basado en la concesión de líneas por periodos de 99 años. Esto provocó debates entre defensores del laissez faire y partidarios del control público del servicio.

En el imperio Austrohúngaro, Alemania y Bélgica se construyeron también muy tempranamente las primeras líneas. La mayoría de ellas, de servicio exclusivamente minero o de conexión de ciudades portuarias con vías navegables interiores.

La red empezó a crecer en toda Europa y en 1870, cuando casi todos los países habían construido al menos una línea –excepto el Imperio Otomano–, dos terceras partes de la infraestructura en el continente se concentraban en el Reino Unido, Francia, Bélgica y Alemania. Pero a partir de este año, hasta finales de la década de 1930, hubo una mayor expansión de la red en la periferia: países nórdicos, Europa del Este y Península Ibérica.

La Segunda Guerra Mundial supuso un punto de inflexión en la expansión de la infraestructura ferroviaria. A finales de los años 30 parte de la red de Francia quedó cerrada. Más tarde, en el Reino Unido se cerraron casi 15.000 km, la mitad de su red, en tan solo 20 años (1950-1970). Otros países, como Alemania, Suecia, Dinamarca y, en menos proporción, España, Portugal y Noruega también cerraron parte de su red a partir de 1970.

Finalmente, llegó la alta velocidad. Pese a ser una tecnología reciente, puesta en marcha a finales del siglo XX, ya en 1903 de forma experimental se consiguieron velocidades altas con ferrocarril en Alemania. Pero fue en 1964 en Japón donde se implantó esta tecnología por primera vez. Dentro de Europa, en 1976 en Italia (la Direttissima, entre Roma y Florencia) y en 1981 en Francia (París-Lyon) fueron las primeras líneas de alta velocidad en servicio.

Si a finales del siglo XX Francia lideró la construcción de la alta velocidad ferroviaria en Europa, a partir del siglo XXI España tomó este rol: a principios de la década del 2010 se convirtió en el primer país europeo en longitud de red de alta velocidad y segundo en el mundo, detrás de China. Esta política ha sido objeto de críticas de expertos en la materia por promover una red ineficiente y deficitaria.

Un caso curioso en la alta velocidad es el del Reino Unido. El país que fue líder en el siglo XIX en impulsar una red de ferrocarriles por todo el país, solamente ha construido una línea. Y, al contrario que España, Francia o Italia, esta línea ha servido para conectar su capital (Londres) con el exterior (Francia). Esta curiosidad cobra mayor relevancia, puesto que ha sido necesaria una inversión mucho mayor para cruzar el Canal de la Mancha a través de un túnel marítimo.

A grandes rasgos, y a modo de resumen, la construcción de la infraestructura ferroviaria en el continente ha pasado por cinco fases: 1) Los inicios en Inglaterra y Gales, 2) la primera expansión en Europa occidental, 3) una segunda expansión en los países periféricos, 4) cierre de líneas, y 5) construcción de la alta velocidad. Dentro de cada país, el ritmo de construcción ha sido muy diferente, en función de su desarrollo, de las estrategias económicas y de integración territorial, y a las condiciones geográficas, entre otras. Pero todos ellos han visto un auge de su red, en periodos e intensidades diferentes, hasta que algunas líneas han quedado inutilizadas por la guerra o por haber dejado de ser rentables ante la eclosión del automóvil. Entonces, aquellas que además de deficitarias, carecían de interés público, han acabado cerradas.

Para mayor información:

MORILLAS TORNÉ, Mateu. Evolució del ferrocarril a Europa. En: Evolució del ferrocarril a Europa i la seva influencia en els canvis en la distribució de la población. El cas d’Espanya, 1848-2010. [en línea]. Tesis doctoral. Universitat de Lleida, 2014. Disponible en <http://hdl.handle.net/10803/285340>.

*Mateu Morillas Torné es Doctor en Geografía por la Universitat de Lleida.

Frases destacadas:

“Los mapas antiguos de ferrocarriles, la información de organismos oficiales y las publicaciones académicas permiten reconstruir la cronología del ferrocarril en Europa”

En 1830 se puso en servicio la considerada primera línea moderna del mundo: Liverpool-Manchester (97 km)

“en el Reino Unido se cerraron casi 15.000 km, la mitad de su red, en tan solo 20 años (1950-1970)”

Ferrocarriles en servicio, 2010

Refranero médico: Lo que el pueblo piensa de la salud y la enfermedad

José María de Jaime Lorén

Paremiología médica española

Por razones evidentes, el tema de la salud y la enfermedad es objeto de atención continua en todos los medios de comunicación. Nuevas y viejas enfermedades, nuevas y viejas terapéuticas, pero también nuevas y viejas formas de ejercer la medicina y las ciencias de la salud en general. Y, sin embargo, esto no es algo exclusivo de ahora. Ha existido siempre. Desde los mismos orígenes del hombre, la pérdida de la salud y la forma de recuperarla ha sido una de sus preocupaciones fundamentales.

De ahí que todas las civilizaciones y culturas hayan contado siempre con especialistas en combatir las dolencias, desde los antiguos magos, hechiceros, druidas o sacerdotes, a los grandes médicos y sanitarios altamente especializados de la actualidad. Pero el pueblo, ese pueblo aparentemente indocto, ha tenido también su propia opinión sobre la enfermedad y la salud. Opinión que ha ido dejando a lo largo de los siglos en una serie de refranes y de dichos populares, que muestran muchas veces la profundidad de sus conocimientos, la precisión de sus diagnósticos.

Para adentrarnos en este tipo de saberes populares, con el nombre de Refranero de las Ciencias Médicas publicamos hace tiempo una extensa colección de refranes y sentencias que se han dicho o sobre el arte de curar. Hemos trabajado desde las viejas colecciones medievales, hasta los abundantes trabajos y repertorios refranescos que cada año salen de las prensas en este renacer de los estudios paremiales. En todos ellos la musa popular retrata, en unas pocas palabras, aspectos diversos de la enfermedad o del estado sanitario de las personas, siempre con sentencias y consejos que destilan penetración aguda que, en ocasiones pueden ser discutibles a la luz de las modernas teorías científicas, pero que nunca carecen de un sólido fondo argumental, así como de innegable gracia para exponer sus ideas: Agua clara y aire puro, y un buen médico maduro.

Medicina Española - Proverbios vulgares de nuestra lengua

Y es que el refrán ha sido utilizado muchas veces como vehículo para transmitir conocimientos. Para empezar tenemos los clásicos Aforismos de Hipócrates. Más tarde Juan Lorenzo Palmireno compuso sus Refranes de mesa, salud y buena crianza, para ilustrar sus clases en la Universidad de Valencia, allá por el año de 1573. Algo más tarde, en 1616, y también para mejor hacer comprender sus lecciones a los discípulos de la Facultad de Medicina de Granada, Juan Sorapán imprimió la Medicina Española contenida en proverbios vulgares.

En efecto, el refrán y los dichos populares en general han constituido a lo largo de los siglos un vehículo ideal para transmitir, con su sonsonete musical que facilita la memorización, los conocimientos médicos y sanitarios. Buen ejemplo de esto viene dado también por las obras médicas de corte divulgativo que compusieron, entre otros, los doctores Ulecia Cardona o Casal Aguado. El primero en forma de aleluyas rimadas consiguió difundir entre las nuevas madres y las amas de cría una serie de consejos médicos de indudable valor de cara a la crianza de los niños a su cargo; el segundo sin embargo dirigió sus pareados y versos breves a un público más documentado, compuesto generalmente por estudiantes o por otros facultativos de menor experiencia.

Por nuestra parte hemos realizado una recopilación de todos aquellos refranes, dichos, sentencias, proverbios o consejos arrefranados en todo momento relativo a las diversas variedades con que se presentan las ciencias médicas. De esta forma hemos logrado reunir más de once mil quinientos refranes y frases hechas de carácter sanitario, distribuidos en una serie de apartados en función de su temática. A través de todos ellos podemos conocer las características más sobresalientes del saber popular acerca de estas disciplinas.

Incorporamos también la importante aportación original que sobre el mismo tema yace en los numerosísimos refraneros tanto de las regiones españolas como de muchos países de Iberoamérica, cada uno de ellos con sus correspondientes variantes o giros lingüísticos del terreno. Todavía nos ha parecido conveniente añadir las paremias de tipo veterinario, relativas al ejercicio de la profesión en sí, o en lo concerniente a aspectos clínicos y zoosanitarios.

Conviene insistir en que cada refrán que incluimos no está inspirado en las colecciones contemporáneas, sino en la respectiva fuente original, antigua o moderna, y con el texto literal en que aparece por vez primera. Esta fuente original se inserta entre paréntesis a continuación de cada sentencia, con una abreviatura bibliográfica y la página o el número que tiene dentro de la colección o texto correspondiente.

De todas formas, al final, para el pueblo: Quien bien come, digiere y expele, a galeno no apele.

JAIME LORÉN, J.M. DE; JAIME GÓMEZ, J. DE (2001): Paremiología médica española. Más de once mil refranes de medicina, farmacia y veterinaria. Calamocha, 438 p.

José María de Jaime Lorén. Universidad CEU Cardenal Herrera (Valencia, España)

AGUA CLARA Y AIRE PURO, Y UN BUEN MÉDICO MADURO.

QUIEN BIEN COME, DIGIERE Y EXPELE, A GALENO NO APELE.

Los sanitarios en la España rural decimonónica

José María de Jaime Lorén

Los sanitarios en la España rural decimonónica - Portada de La Asociación - Primera revista de ciencias de la Provincia de Teruel

Para los que procedemos del mundo rural y vivimos en las ciudades, contemplar nuestros pueblos de origen cuando volvemos en vacaciones o fin de semana, produce a menudo un sentimiento de pena o de pesar. Contemplar en Castilla, Aragón o, en general, en toda la España interior, las casas abandonadas o caídas, las escuelas, bares o tiendas cerradas desde hace años, produce una enorme tristeza. En el mejor de los casos ciertos días acuden a los pequeños pueblos panaderos, pescaderos o carniceros, pero los servicios básicos están centralizados en las cabeceras de comarca, como sucede por ejemplo con la atención sanitaria. Argumento que, con la enseñanza de los niños y las mejores oportunidades laborales, es definitivo para abandonar la casa del pueblo y marchar a una urbe mayor. Y ello a pesar de la mejora indudable en las comunicaciones o en el confort de las casas.

Los pueblos españoles tienen hoy una población muy escasa y muy anciana, sin sector servicios o reducido a la mínima expresión. Pero esto no siempre ha ocurrido así. No hace falta ser muy anciano para recordar estos mismos lugares plenos de vida económica y de movimiento humano. Con maestros, sacerdotes, médicos, farmacéuticos o veterinarios, que daban un tono culto a la vida cotidiana. Momentos hubo en que el nivel cultural y científico de nuestros pueblos fue muy notable, incluso llegó en ciertos sitios a alcanzar un nivel que podemos considerar muy alto. Y de esto precisamente queremos tratar aquí.

La circunstancia de poder acceder hoy desde internet a buen número de viejos periódicos y revistas publicados en España, nos ha permitido estudiar antiguas revistas sanitarias en las que no son raras las colaboraciones y los artículos que llegan desde los pueblos más pequeños de la ruralía hispana. ¿Qué quiere esto decir? Pues, sencillamente, que hasta en las más recónditas aldeas existían médicos, cirujanos, boticarios, veterinarios o ministrantes que tenían cosas que contar en el terreno científico y en el profesional.

Llama la atención la abundancia de historias o de casos clínicos curiosos que se ofrecen al debate, el atrevimiento de muchas intervenciones quirúrgicas, la rareza de tantas sintomatologías como podían llegar aquellas modestas consultas, el ingenio de los tratamientos que debía suplir una farmacopea pobre y atrasada, o las notables investigaciones naturalísticas de aquellos profesores que vivían tan alejados de los centros académicos oficiales. Sin contar la generosa actuación de todos ellos en las graves epidemias de cólera como azotaron durante años estos territorios, y que tantas vidas costaron a los mismos sanitarios.

Y todo ello en un ambiente generalmente hostil para el cultivo de la ciencia. Con contratos profesionales que se renovaban año a año, para San Miguel, siempre a merced de caciques y de ricos de pueblo que despreciaban cuanto ignoraban. Mal pagados, con una fuerte competencia con otros colegas, cobrando generalmente en especie de baja calidad. Sin poder ausentarse del pueblo nada más que para atender enfermos de masías o de pequeñas aldeas vecinas, adonde se desplazaban montando la propia mula. “Médicos de espuela” les llamaban despectivamente.

Pues bien, a pesar de este contexto tan poco estimulante para la práctica científica, donde lo normal era que nuestros profesores se adocenaran y languidecieran intelectualmente en el estrecho marco de casinos y de cafés de pueblo, repasando las viejas revistas sanitarias españolas de la segunda mitad del siglo XIX hemos encontrado una brillante nómina de profesores rurales insospechadamente interesante. No fueron tan raros casos conocidos como los farmacéuticos turolenses Francisco Loscos Bernal y José Pardo Sastrón, o el del segorbino Carlos Pau Español, piezas fundamentales en la historia de la botánica patria. Hay también una amplia nómina de otros nombres, tal vez no tan conocidos pero no por ello menos importantes, que surgieron durante esas décadas en pueblos donde hoy tal vez no haya médico ni farmacia.

Es más, analizando los lugares de edición de las revistas sanitarias de las décadas finales del siglo XIX, advertimos que muchas de ellas se editaron en pequeñas ciudad o pueblos como Béjar (Salamanca), Belorado (Burgos) donde nació la primera revista española de farmacia, Morata de Jiloca (Zaragoza), Lerma (Burgos), Arévalo de la Sierra (Soria), etc.

Y lo mismo podemos decir de la importancia y de la influencia de los maestros de esa misma época. Da que pensar que sólo en la provincia de Teruel existieron no menos de media docena de revistas de magisterio, en aquellos tiempos de malas pagas y de aulas masificadas. Todos conocemos el dramático dicho popular de “Pasar más hambre que un maestro de escuela”. Me pregunto ¿cuántos maestros turolenses hoy escriben en periódicos de su profesión o de cualquier otra índole? Lo mismo cabe decir de médicos, farmacéuticos o veterinarios. Todos infinitamente mejor pagados y reconocidos socialmente hoy que entonces.

Todo esto que decimos se confirma plenamente en el estudio que dedicamos a La Asociación, la primera revista de ciencias de la provincia de Teruel, donde encontramos artículos del mayor nivel científico de los farmacéuticos antes citados o de Matías Gámir; veterinarios como Lorenzo Grafulla o Juan Herrero y Argente; médicos de la talla de Juan Ramón Arnau, Francisco Bosch o Miguel Ibáñez; y cirujanos de la de Pascual Altabás.

Es cierto que los avances de la ciencia motivaron que poco a poco ésta se concentrase en el entorno de las universidades y de los grandes centros hospitalarios que se crean en las ciudades. Esta circunstancia, unida al despoblamiento rural que comienza ya en los primeros años del siglo XX, motivará que desaparezcan estas revistas médicosanitarias de los pueblos, y que las nuevas publicaciones periódicas dejen de contar con el concurso de las noticias que hasta entonces llegaban del mundo rural. Pero ello no debe hacernos olvidar la importancia de las aportaciones científicas que en un momento dado se hicieron desde nuestros pueblos.

Todo un ejemplo para la actual generación de sanitarios, maestros o sacerdotes que ejerce hoy en el mundo rural.

JAIME RUIZ, J.M. DE; CATALÁ GORGUES, J.I.; JAIME LORÉN, J.M. DE (2015): La Asociación (1883-1891). Primera revista de ciencias de la provincia de Teruel. Calamocha, Centro de Estudios del Jiloca, 350 p.

José María de Jaime Lorén. Universidad CEU Cardenal Herrera (Valencia, España)

DURANTE LA SEGUNDA MITAD DEL SIGLO XIX, EN LAS REVISTAS SANITARIAS ESPAÑOLAS PUBLICARON NUMEROSOS ARTÍCULOS Y COLABORACIONES CIENTÍFICAS DE GRAN NIVEL PROFESORES QUE EJERCÍAN EN EL MUNDO RURAL.

¿POR QUÉ LOS MAESTROS, SANITARIOS Y SACERDOTES QUE HOY EJERCEN EN EL MUNDO RURAL HISPANO HAN PERDIDO LA AFICIÓN PUBLICISTA QUE TUVIERON ANTAÑO?

CONTRAINSURGÈNCIA I POLIORCÈTICA AL NORD-EST DE CATALUNYA DURANT LA TERCERA GUERRA CARLINA

Lluís Buscató i Somoza

La III Guerra Carlina (segona per a alguns historiadors) es desenvolupà a Espanya al llarg dels anys 1872 i 1876, entre els partidaris del pretenent Carles VII -defensor dels ideals més conservadors- i, successivament, els governs d’Amadeu I, de la Primera República i d’Alfons XII. Sovint aquesta s’ha vist com una lluita quasi colonial, excepcionalment rica quant a mobilitat, puix que les marxes i contramarxes d’un i altre contendent a través del territori foren l’acció més sovintejada, més que no pas els setges o les batalles a camp obert. Tanmateix, la construcció de fortificacions tingué un paper clau en el desenvolupament de la campanya, atès que les columnes governamentals, tant si actuaven en zones favorables a la insurrecció de manera ofensiva, com si ho feien en zones addictes a la defensiva, necessitaven de bases d’operacions segures per descansar i aprovisionar-se.

L’exèrcit espanyol tenia ben clares les pautes a seguir per afrontar aquest conflicte, perquè si en alguna mena de guerra estava foguejat era en una de civil. La seva estratègia tradicional era ofegar la insurrecció mitjançant l’ocupació i fortificació sistemàtica de punts forts, bàsicament poblacions situades en llocs estratègics, perquè servissin de base a columnes mòbils que havien de pentinar el territori a la recerca de les partides insurgents per tal de batre-les. De fet, aquesta actuació es desenvolupà de manera general a l’àrea de la província de Girona, que fou la més afectada del Principat de Catalunya, des dels inicis del conflicte. Les obres, tant si eren projectades pel cos d’enginyers militars de l’exèrcit o pels propis municipis –tot i que majoritàriament eren pagades pels segons-, solien ser molt senzilles, però en bona part ben fetes, amb pedres i maons lligats amb morter de calç, d’aquí que moltes s’hagin conservat fins a l’actualitat. Les opcions foren múltiples ja que tant s’adequaren antigues fortificacions ja existents, com fou el cas de Girona; com s’optava per barrar els nuclis urbans amb murs espitllerats, reforçant-los amb defenses menors com petites llunetes i tambors, tal com es féu a Anglès, Puigcerdà, Olot, Figueres, Banyoles etc; com es decidia fortificar únicament o principalment l’església parroquial, com succeí a Besalú o Tortellà. Alhora, també es construïren nombroses torres fuselleres, que actuaven com a reductes avançats, per controlar llocs estratègics, com les del Montsacopa a Olot i la torre del Serrat a la Jonquera, o petites fortificacions aïllades com el fort del Cós, a l’actual terme de Montagut-Oix, però molt a prop de Castellfollit de la Roca, veritable coll d’ampolla que controlava l’accés a la important vila d’Olot. Certament, aquestes estructures eren incapaces de resistir l’atac d’un exèrcit mínimament preparat, però eren plenament operatives davant les forces carlines, incapaces d’abandonar totalment el sistema de guerrilles i esdevenir un veritable exèrcit. Sens dubte, un dels principals handicaps que els obligaren a actuar així fou l’extrema dificultat que tingueren per a obtenir armament modern per proveir les seves tropes, que sovint anaven aparellades amb material de circumstàncies. En concret, l’artilleria carlina –majoritàriament procedent de les captures fetes a l’exèrcit regular- solia ser de campanya i d’escàs calibre, de manera que era poc adequada per assetjar una fortificació i, per més inri, en general fou mal emprada. Per citar un exemple de cada cas, podem esmentar el fracassat bombardeig de l’església de Tortellà l’agost del 1873 o l’atac a Figueres, el mes de maig del 1874, quan els artillers carlins bombardejaren les seves pròpies línies i provocaren el fracàs de l’operació.

En definitiva, allò que explica la llarga pervivència i èxits carlins no fou l’adopció d’una estratègia errònia per part de l’exèrcit, sinó la crisi política i social que trasbalsava el conjunt de l’Estat espanyol, i la creixent indisciplina que afectà les seves forces armades, tant entre la tropa com entre l’oficialitat, que no acceptava l’adveniment de la I República. Si a tot això s’hi afegeix la insurrecció Cubana (Guerra dels Deu Anys 1868-1878) i la revolta dels sectors més radicals del republicanisme (1873), amb la proclamació de nombrosos cantons al sud-est de la Península, la situació esdevenia caòtica. En conseqüència, hom no comptava amb prous homes per afrontar la defensa de les poblacions fortificades, mantenir les comunicacions –els carlins atacaren i cremaren sistemàticament les estacions ferroviàries i línies de telegrafia- i organitzar columnes que encalcessin les partides carlines. D’aquí que, al llarg de l’any 1873 i bona part del 1874 el carlisme estengués el seu domini i, a forces contrades, esdevingués el veritable poder legítim i reconegut; alhora que nombroses poblacions, com Roses (situada a la costa en una zona de forta implantació del republicanisme federal) es negaven a defensar-se únicament amb els seus mitjans i restaven obertes a qualssevol dels dos contendents. A partir de mitjans 1874 la disciplina fou restablerta, es derrotà manu militari la insurrecció cantonal –que era vista per les elits dirigents com a més perillosa que no pas la carlina- i, ja de pas, la legalitat republicana mitjançant un cop militar. Immediatament, l’exèrcit es concentrà en derrotar el carlisme. El primer cop el reberen les forces del Centre que hagueren de retirar-se cap a Catalunya on, majoritàriament, es desbandaren. Tot seguit, es procedí a asfixiar els carlins catalans, amb la represa i fortificació dels escassos nuclis urbans que havien ocupat, com Olot o la Seu d’Urgell; i a la persecució sistemàtica de les seves partides. El resultat fou que a mitjan 1875 la guerra a Catalunya es podia donar de fet per acabada i ara, amb les mans lliures, l’exèrcit podia afrontar l’atac al nucli dur carlí, situat al País Basc i Navarra, la derrota del qual només era qüestió de temps.

Per més informació:

BUSCATÓ SOMOZA, Lluís. Fortificar és vèncer: l’actuació de la Comandància d’Enginyers a la província de Girona durant la darrera carlinada (1872 – 1874), Biblio 3W. Revista Bibliográfica de Geografía y Ciencias Sociales. [En línea]. Barcelona: Universidad

de Barcelona, 15 de enero de 2016, Vol. XXI, nº 1.147. [ISSN:1138-9796]. <http://www.ub.es/geocrit/b3w-1147.pdf>.

És tècnic auxiliar del Servei de Monuments de la Diputació de Girona

Fotografia 1: fortí del santuari de la Mare de Déu del Cós, a Montagut-Oix, que aprofità les restes d’un castell medieval i una ermita moderna, unint-los amb un mur espitllerat.

Fotografia 2: torre fusellera del Montsacopa a Olot, bastida l’any 1875 després de que la ciutat fos recuperada per les forces governamentals.

Un gran desafío geográfico: la realización de monografías locales y regionales

Jan M. G. Kleinpenning*

El mundo ha cambiado mucho durante mi ‘vida geográfica‘ de más de sesenta años (tengo hoy 80). Ahora hay más departamentos de geografía que hace medio siglo, y con más colaboradores. Los geógrafos pueden viajar a cualquier lugar del mundo para realizar sus investigaciones, gracias a los precios bajos de transporte. Encuentran datos más o menos detallados por Internet sobre cualquier tema. Hay mucha más información estadística y crecientemente pueden consultarla en forma digitalizada. Ha aumentado el número de revistas geográficas y de las ciencas sociales, en papel y digitales, lo que facilita la publicación de los resultados de investigación. Resulta que el ‘output’ de la disciplina ha aumentado enormemente.

Pero … llama la atención que es casi enteramente un ‘output’ en forma de artículos sobre temas muchas veces muy específicos. Casi faltan los estudios holísticos, o sea las monografías de regiones, comarcas o lugares en que se describe y se analiza el conjunto de los diversos fenómenos geográficos en su totalidad, su relación mútua y su interacción. La gran mayoría de los geógrafos se ha apartado de la geografía regional, en el sentido amplio de la palabra. Una explicación es, sin duda, que las universidades exigen una productividad ininterumpida de sus colaboradores. Otra explicación podría ser la complejidad de la realidad geográfica con que se está confrontado en la práctica de la geografía regional.

Otra hecho que llama la atención es el interés de los geógrafos en la actualidad y los cambios recientes. Tengo a veces la impresión de que los geógrafos son periodistas cientifícos, esmerándose en reportar lo más pronto posible todo lo que cambia en el mundo. Son escasos las investigaciones histórico-geográficas y las investigaciones longitudinales, en algunos países más que en otros. Me parece que en España siempre ha existido una relación más fuerte entre geografía e historia que en otros países (por ejemplo Holanda).

Pero … ¿porque más investigación histórico-geografica y longitudional? Porque con el estudio del pasado y de la evolución histórica desde un punto de vista geográfico, se comprende mejor la actualidad y se aprende de la ‘temporalidad‘ de los modos de vida, el tema central de la geografía humana. Hablando en 1957 con el Prof. Manuel de Terán en la Universidad de Madrid acerca de mi Tesis Doctoral sobre Comarca de Pinares en el sudoeste de Soria y sureste de Burgos, me aconsejó dar atención también al pasado e incluir un análisis de los datos del Catastro del Marqués de Ensenada. Fue un consejo muy sabio, pues sin haber estudiado la situación a mediados del siglo XVIII siempre habia pensado que la explotación forestal tal como existía a mediados del siglo XX era la actividad normal desde tiempo immemorial. No lo era, pues el auge de la explotación forestal databa de los años de la posguerra civil, cuando subieron mucho los precios de la madera. Hacia 1750 la Comarca era más bien un área de carreteros, ganaderos y pequeños labradores. Y retomando el estudio de la Comarca en 2011 aprendí que el bajo de los precios de la madera obligó a los pinariegos a buscar otros medios de vida o emigrar a otras partes del país para encontrar trabajo. Eran otros tiempos y otra geografía. Algo similar aprendí de mi estudio de Cuevas del Almanzora, donde el panorama rural ha cambiado drásticamente sobre todo gracias a la disponibilidad de más agua que hace medio siglo.

He aprendido también mucho de mis estudios sobre el Paraguay. Comencé en los años ochenta con un estudio de la actualidad rural de entonces; después fui a conocer cada vez mejor el país, realizando dos estudios geográfico-históricos en que he analizado el proceso de colonización, los modos de vida y los cambios en los mismos desde comienzos del siglo XVI hasta mediados del siglo XX. Dos estudios de investigación longitidunal de más de cuatro siglos, que no solo me han dado una idea de la evolución y del fondo de la situación rural actual. También aprendí con ellos que estos dos estudios han sido muy apreciados en el Paraguay. Es un país relativamente joven – casi sin geógrafos humanos – ,que quiere conocer su historia, y tiene también derecho a conocerla.

Generalizando se puede decir que la monografía geográfica, los estudios de geografía histórica y las investigaciones longitudiales no sólo tienen valor científico sino tambien social. Y conservan muchas veces su valor durante más tiempo que muchos artículos y libros sobre temas actuales. Sin embargo, desgraciadamente, no son muchos los productos geográficos de este tipo. Queda pues suficiente trabajo para la geografía humana, sobre todo para la investigación longitudinal, que – personalmente – me ha dado mucha satisfacción.

Para mayor información:

Kleinpenning, Jan M.G. Los Pueblos Pinariegos. Triptico geográfico-histórico del noroeste de Soria y sudeste de Burgos [Primera edición 1962]. Reedición, Soria: Diputación Provincial de Soria, 2014. 382 p.

Kleinpenning, Jan M.G. Cuevas del Almanzora. Pasado y presente económico y demográfico de un municipio en el sureste español semiárido 1964-2014 [Primera edición 1965]. Reedición, Odijk: El autor, 2014. 142 p.

Jan M. G.Kleinpenning es catedrático jubilado de geografía humana de la Universidad de Nimega, Holanda.