Portos demandam regulação

Roberto Moraes Pessanha*

Roberto Moraes Pessanha*
Roberto Moraes Pessanha*

O gigantismo naval levou ao gigantismo portuário com a massificação do transporte e a ampliação da fluidez das cargas. Assim, se tornaram fenômenos das colossais trocas comerciais e pós-reestruturação produtiva, que tornaram os portos nós dorsais desta cadeia.

Novas infraestruturas e tecnologias garantem maior fluidez de mercadorias e do capital financeiro. As linhas comerciais mundiais são controladas por grandes operadores (os armadores). As cargas parecem caminhar para uma volatilidade equivalente a dos fluxos de capitais, que só se fixam nos territórios através instalações portuárias, quando atraídos por mais produtividade e lucros.

Os novos super-navios carregam até 19 mil contêineres exigindo terminais mais profundos, só atracando em poucos portos de rotas intercontinentais. Transportes de granéis sólidos (açúcar e soja) já estão sendo experimentados em grandes sacos (tipo “big-bag”), utilizando contêineres, ganhando também, maior fluidez nesse tipo de carga. Dos neo-panamax se caminhou para o chinamax, super-navios que levaram à ampliação do Canal do Panamá e a novos projetos chineses, nas rotas Atlântico-Pacífico: o canal na Nicarágua e uma ferrovia entre portos do Brasil e Peru.

Não é simples compreender que as exportações e o comércio mundial cresçam mais que o PIB das nações. Na economia cada vez mais mundializada, os contêineres e os portos simbolizam a espinha dorsal da globalização.

Porto de Roterdã, o maior da Europa, em 31-10-2014
Porto de Roterdã, o maior da Europa, em 31-10-2014

Paradoxalmente, crescem os volumes e os valores das mercadorias transportadas, ao mesmo tempo em que descem os valores dos fretes e aumenta a concentração dos operadores e das grandes corporações.

Na busca por produtividade, o setor portuário tende à especialização, superando a multifuncionalidade de interesse regional. Há mais demanda de solo portuário disputado na hinterlândia com o capital imobiliário, onde novos projetos de portos caminham para áreas litorâneas desurbanizadas e de menor valor.

A exploração offshore de petróleo se amplia para mais mares do mundo. Além disso, cerca de 2/3 do petróleo produzido e comercializado mundialmente circulam por cerca de 4.000 mil petroleiros. Tudo isso, exige mais portos de apoio, que são também pontos de conflitos e disputa estratégica nesta nova geopolítica mundial.

A estratégia do capital e o uso do território ampliam a necessidade de regulação dos portos

Portos com mais movimentação de cargas, necessariamente, não indicam ampliação da dinâmica econômica da região ou nação. A maior fluidez de cargas e produtividade nos portos leva desindustrialização a outros lugares, denotando ao inverso, preocupações e não comemorações. O caso europeu parece ser exemplo, não exclusivo. Assim, a produção industrial na China, Coréia e Cingapura cresce, enquanto cai na França, Inglaterra, Itália e Espanha, tendo os portos como instrumentos e símbolo.

Assim, nasceu uma nova geração de portos: o porto-indústria (que se denomina Maritime Industrial Development Areas, ou MIDAs). Parece também estar migrando espacialmente. Os baixos custos de produção e distribuição aumentaram a centralidade da Ásia, onde hoje estão nove dos dez portos com maior movimentação de contêineres do mundo.

O novo gigantismo portuário e sua maior fluidez de cargas, também reduziram o diálogo porto-região levando à interiorização, através da instalação dos portos secos.

Os portos da contemporaneidade, assim como as fábricas, possuem poucas pessoas. A operação portuária de cargas é robotizada e quase desumanizada. Só em terminais de cruzeiros há hoje um fluxo maior de pessoas.

A decisão sobre a localização de empreendimentos opera em novas racionalidades na escolha de espaços. O jogo das corporações não se submete às linhas das fronteiras. Os operadores portuários são globais e se conectam aos mercados internacionais, articulando rotas que ligam produtores a consumidores nos cinco continentes.

Assim, vive-se tempo de aceleração da circulação do capital e de integração funcional dos espaços. O capital opera sobre os espaços em lógicas de menores conflitos, onde há reduzida presença de gente, resistências, questionamentos de impactos e pressões políticas.

Os dinheiros para toda esta operação vêm de fundos sem caras, voláteis e com enorme mobilidade entre portos e cargas. Os fundos se juntaram às grandes e globalizadas traders, forçando redução de tarifas modais, controlando fluxos, preços e lucros.

Os portos aceleram a circulação de cargas e de capital, gerando simultaneamente a integração funcional dos espaços.

As traders articulam portos e capital financeiro, e também, controlam o fluxo de mercadorias, produtos (ou commodities) minerais e agrícolas, da produção à logística de distribuição e consumo. Assim, atuam como fazedoras de preço ou “made-price”, oligopolizando alguns comércios e também facilitando a sonegação e a corrupção.

Diante de tudo isto, é ilusão pensar que governos regionais possuem forças para atuar nesta imensa cadeia. Os portos, a circulação e a fluidez das mercadorias, a produção do valor, a inovação e o trabalho humano são partes imbricadas desse complexo sistema-mundo contemporâneo.

Não ignoremos o que está em curso ao planejar políticas públicas nas várias escalas. Tornou-se imperativa a necessidade de maior participação política e regulação sobre os portos, comércio e capital financeiro.

Para maiores informações:

PESSANHA, Roberto Moraes e outros: O MIDAs numa conjuntura de crescimento econômico do Brasil e crise econômica mundial: os portos transformados em complexos industriais, em Anais do II Congresso Internacional em Sociais e Humanidades, 2013, Belo Horizonte, Brasil.

PESSANHA, Roberto Moraes e outros: A Gênese do Complexo Logístico Industrial Porto do Açu: oportunidades e desafios para o desenvolvimento da Região Norte Fluminense, em Revista Brasileira de Gestão e Desenvolvimento Regional, v. 10, p. 153-181, 2014.

*Roberto Moraes Pessanha, engenheiro, professor do Instituto Federal Fluminense, doutorando PPFH-UERJ e bolsista da Capes (PDSE).

La noción de frontera en el pensamiento geográfico de los años de 1970 y 1980 en Argentina

Laura Graciela Rodríguez

En este artículo presentamos las distintas nociones de frontera desarrolladas por geógrafos principalmente, y en menor medida por historiadores, que participaron juntos en un libro editado en los años de la última dictadura en Argentina (1976-1983). El libro fue compilado por el nacionalista católico, de profesión arquitecto, Patricio Horacio Randle, y se llamó La geografía y la historia en la identidad nacional. Estabadividido en dos tomos y fue publicado en 1981 por la Asociación para la Promoción de Estudios Territoriales y Ambientales (OIKOS).

A lo largo del trabajo mencionamos también que estos académicos conformaban una comunidad científica con poder institucionalizado, es decir, sus integrantes estaban insertos en importantes instituciones de la época como la Sociedad Geográfica Argentina y la Academia Nacional de Historia. En 1980, el presidente de facto reconoció públicamente a una fracción de estos académicos, incorporando a la Academia Nacional de Geografía al sistema de Academias Nacionales. Eran directores y miembros de institutos de investigación dependientes del Consejo Nacional de Investigaciones Científicas y Tecnológicas – CONICET- (UNIUR, IIGHE, CEIFAR, OIKOS); daban clases en universidades públicas y privadas católicas como Universidad Nacional de Buenos Aires, Universidad Nacional de Cuyo, Universidad Nacional del Nordeste, Universidad Nacional de San Juan y Universidad del Salvador. Algunos habían ocupado los máximos cargos en la conducción universitaria como decanos o rectores. Escribían en diarios y revistas, integraban los comités editoriales, publicaron libros y eran autores de manuales escolares.

Por otra parte, vimos cómo las nociones de frontera se fueron resignificando en ese contexto autoritario, toda vez que los académicos intentaban legitimar las acciones que estaban llevando a cabo las autoridades, haciendo un uso político del discurso científico. En los distintos artículos elogiaron la “celebración” de la Conquista del Desierto, la “colonización” de las zonas de frontera, los “polos de desarrollo”, y los programas que trasladaban a los alumnos a las fronteras. Alabaron el contenido de ciertos documentos elaborados por la cúpula militar; contribuyeron activamente a rechazar el Laudo arbitral y se pronunciaron positivamente sobre las “campañas de concientización”; apoyaron la labor de la Gendarmería Nacional – que en esos años dependía del Ejército-; y se manifestaron de acuerdo con la prohibición de las obras de los geógrafos que adherían a la renovación disciplinar. El compilador del libro además, postulaba una versión de la disciplina ligada a la religión y utilizaba el lenguaje típico de esos tiempos, tildando a los geógrafos “enemigos” de “marxistas”. En segundo término, observamos cómo estos académicos se esforzaban por mostrar que la geografía y la historia eran las disciplinas que mejor servían para la adquisición de la “conciencia territorial”, pero advertían la necesidad imperiosa de incrementar el presupuesto destinado a la investigación y de aumentar las horas de clase, tanto en el nivel secundario como en el universitario.

Estas últimas demandas por un mayor presupuesto no llegaron a ser atendidas. El libro fue publicado hacia el final de la dictadura en el medio de una crisis económica profunda y el ascenso de la protesta social. Luego de la guerra de Malvinas (1982) – que fue vista positivamente por la mayoría de estos autores (y de la sociedad argentina)-, el gobierno se vio obligado a retirarse y llamar a elecciones. Vale decir que si bien estos académicos se encontraron escribiendo juntos en esta etapa particular, estuvieron lejos de conformar un colectivo homogéneo. Una vez iniciado el proceso democrático a fines de 1983, cada uno siguió diferentes trayectorias personales, ideológicas y profesionales.

Para mayor información: Rodríguez, Laura Graciela. 2014. “La noción de frontera en el pensamiento geográfico de los años de 1970 y 1980 en Argentina”. Cuadernos de Geografía: Revista Colombiana de Geografía. Dossier: Fronteras Latinoamericanas, Vol. 23, Nº 2, pp. 107-119. http://www.revistas.unal.edu.co/index.php/rcg/article/view/38288/pdf_6

Urbanización y nuevas naturalezas urbanas en el litoral mediterráneo.

Álvaro Francisco Morote Seguido*

La última expansión residencial acaecida en el litoral mediterráneo ha provocado la proliferación de nuevas tipologías urbanas, y diferentes elementos externos de los hogares como son los jardines y piscinas. Identificar los factores que han posibilitado la génesis de esas nuevas tipologías y conocer los rasgos que definen a estos elementos son de vital importancia para poder entender sus repercusiones en el territorio, como es el caso del consumo de agua. La presencia de un importante colectivo de población procedente del centro y norte de Europa unido a rasgos climáticos y al precio del agua justifican que la tipología del jardín predominante sea un jardín de tipo mediterráneo, lejos de la hipótesis de partida de una imagen de jardín atlántico donde el principal protagonista es el césped.

El proceso de urbanización en el litoral de Alicante, en el sureste de España, comienza en las décadas de 1960 y 1970 ligado a la actividad turística. Este incipiente desarrollo se concentra en el litoral norte provincial. En las comarcas de la Marina Alta y Baja, el uso turístico-residencial se desarrolla con la llegada de población procedente del centro y norte de Europa. Factores como el desarrollo turístico de Benidorm, la mejora de la accesibilidad (con la inauguración del aeropuerto de Alicante-Elche y la construcción de la autopista AP-7), una mayor calidad paisajística (colinas y espacios forestales intercalados entre áreas cultivadas), entre otros, explican el inicio y posterior expansión de esta actividad. En cambio, en el litoral sur alicantino la superficie ocupada por las urbanizaciones, si exceptuamos un sector del litoral de Orihuela, Santa Pola y el municipio de Torrevieja se ha difundido a partir de 1990 coincidiendo con el último boom inmobiliario.

En el litoral norte (a excepción de la ciudad de Benidorm), el modelo urbano mayoritario es el caracterizado por urbanizaciones, planificadas y no planificadas, de chalés con jardín y piscina unifamiliares (figura 1). En la actualidad, la superficie ocupada por esta tipología representa el 69,03% sobre el total (más de 96 millones de metros cuadrados). En cambio, las urbanizaciones de adosados o bungalows representan tan sólo el 6,87%. En el litoral sur, a diferencia de la costa septentrional de Alicante, el modelo residencial que se ha impuesto ha sido más intensivo y en él predomina la urbanización planificada de casas adosadas con jardines y piscinas comunitarias. En este sector de la costa, la superficie ocupada por urbanizaciones de chalés representa el 37,31% mientras que la ocupada por viviendas adosadas, el 24,89%. De los 371.622 m2 de esta tipología urbana en 1978, se ha pasado a más de 20 millones, constituyendo en la actualidad uno de los elementos que caracterizan la expansión urbano-residencial en este sector meridional de Alicante. Por lo tanto, una determinada tipología urbano-residencial lleva consigo un diferente comportamiento en el consumo de agua para los usos externos del hogar.

Figura 1. Urbanizaciones de chalés en Denia (imagen izquierda) y en Torrevieja (imagen derecha)

Fuente: https://maps.google.es/maps
Figura 1. Urbanizaciones de chalés en Denia (imagen izquierda) y en Torrevieja (imagen derecha)
Fuente: https://maps.google.es/maps

Los procesos de urbanización registrados en el litoral de la provincia de Alicante, como ha ocurrido con otros sectores del litoral español, se han asociado a la proliferación de espacios exteriores o con determinadas naturalezas urbanas, como se refiere a ellos la Ecología Política. Hemos realizado 122 entrevistas a propietarios de determinadas urbanizaciones de la costa Alicante. En el 67% de las viviendas hay presencia de piscinas, siendo el 65% piscinas unifamiliares que coinciden con urbanizaciones de bungalows. Estos porcentajes enmascaran, sin embargo, un notable contraste territorial. El 86,39% de las piscinas comunitarias se concentran en el litoral sur, es decir, donde la presencia de urbanizaciones de casas adosadas es más importante. En relación con los espacios ajardinados analizados, sólo en el 9,78% domina el césped, en los que hay presencia de césped más árboles, éstos representan el 1,09%, y en aquellos donde se pueden encontrar césped, arbustos y árboles el 16,30%.

La elección de la tipología del jardín se relaciona con las condiciones climáticas y los requerimientos hídricos de las especies e indirectamente con el consumo de agua y su coste de mantenimiento. La consideración del césped como elemento ornamental por antonomasia de los jardines, y asociado a una imagen estereotipada del verde como elemento fundamental, queda descartada por motivos prácticos. La hipótesis de una presencia mayoritaria de población centroeuropea de áreas con pluviometrías más elevadas y donde el césped es predominante podría traducirse en una imitación de modelos de jardín propios de otros ámbitos territoriales, pero esta no se cumple en el ámbito de estudio. En la elección de las plantas del jardín y en su adquisición tiene un papel fundamental el que sus necesidades de riego no sean muy elevadas. El precio medio del metro cúbico de agua (2,16 €), que sitúa a los municipios litorales de Alicante entre los más caros de España, unido a la existencia de precios diferentes según tramos de consumo y que penalizan un uso elevado, justifica la tipología dominante de los jardines y la atención prestada al consumo de agua tanto en el litoral norte como en el sur de la provincia de Alicante.

Para mayor información:

Morote Seguido, Álvaro Francisco y Hernández Hernández, María. Jardines y urbanizaciones, nuevas naturalezas urbanas en el litoral de la provincia de Alicante. Documents d’Anàlisi Geogràfica, 2014, vol. 60/3, p. 483-504.

*Álvaro Francisco Morote Seguido es becario predoctoral del Instituto Interuniversitario de Geografía de la Universidad de Alicante (UA). España.

*María Hernández Hernández es catedrática de universidad del Instituto Interuniversitario de Geografía de la Universidad de Alicante (UA). España.

Brasil – País dividido após eleições

Sonia Fleury

As eleições que reconduziram a presidente Dilma Rousseff do PT- Partido dos Trabalhadores à Presidência da República na disputa com o Senador Aécio Neves do PSDB – Partido Social Democrata Brasileiro, aparentemente não trouxeram novidade, já que a disputa entre os dois maiores partidos que surgiram com a democratização tem se repetido nesses últimos vinte anos, alternando governos do PSDB (Fernando Henrique) com os do PT (Lula e Dilma).

No entanto, algo de novo ocorreu nessa campanha cheia de imprevistos, depois da morte de um candidato em desastre aéreo e sua substituição pela ex-ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, que se apresentou como uma terceira via nessa polarização. Mas, foi derrotada no primeiro turno levando à disputa tradicional entre dois projetos que tem se apresentado para o país, terminando por reconduzir o PT à Presidência, depois de dois mandatos do Presidente Lula e um da própria presidente Dilma.

A vitória de Dilma se deu por pouco mais de três milhões de votos, mostrando o acirramento da disputa e a divisão do país em termos de classe e regiões, sendo os mais pobres em todo o país de as regiões mais pobres do país aqueles que maciçamente votaram pela reeleição do PT. Além disso, o tom violento da campanha nas redes sociais mostrou uma realidade que os brasileiros procuram desconhecer: um país dividido com eleitores cheios de preconceitos, o repúdio à perda de status das classes médias tradicionais e a rearticulação das elites empresariais e financeiras em torno de um projeto subordinado à lógica neoliberal e alinhado as grandes potências.

Pela primeira vez, desde o término da ditadura, a direita procurou se colocar no cenário político, mobilizando rancorosos eleitores, embora sem uma candidatura presidencial própria. Apesar do senador Aécio Neves já ter declarado que não assumirá o lugar da direita, buscando calibrar seu partido como uma oposição democrática ao governo eleito, seus apoiadores clamaram imediatamente pelo impeachment da presidente eleita, em um momento em que denúncias de corrupção na Petrobrás ocupam os noticiários.

O acirramento das contradições mostra que o país está sofrendo uma lenta, porém importante re-estratificação territorial e social, com a perda de dinamismo econômico da maior região industrializada do país, o Estado de São Paulo, e com a emergência de polos dinâmicos de desenvolvimento em outras regiões do país. Além disso, mesmo em tempos de crise econômica, o governo assegurou a manutenção do emprego e do valor do salário mínimo que, juntos com as transferências monetárias, provocaram o aumento do consumo da população mais pobre.

Essas dinâmicas impulsionadas pelos governos do PT foram ainda associadas à forte intervenção econômica do banco de investimentos, BNDES, no financiamento público das empresas, e dos bancos comerciais – Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal – nos financiamentos do crédito habitacional e popular. A criação do banco dos BRICS consolidaia essa disposição de uso de fundos públicos para alcançar maior autonomia em relação ao capital financeiro nacional e internacional. O modelo de partilha da exploração do petróleo e outras medidas que asseguram a defesa da soberania na exploração de riquezas minerais tem sido vistas como sinais de um nacional desenvolvimentismo retrógrado pelos críticos do governo e por grupos de interesse fora do país.

Finalmente, a ideia de fortalecer a participação popular através de um decreto que criava a Política Nacional de Participação Popular enviada pela presidente ao Congresso, foi vista pelos setores conservadores do Legislativo e da mídia como uma ameaça ao poder dos parlamentares, sendo derrubada imediatamente depois das eleições.

A participação eleitoral sempre foi vista como essencial à democracia, mas o que vimos foi uma polarização violenta e nada democrática, saudosa dos tempos da ditadura militar. Por outro lado, a participação popular foi o mecanismo mais inovador entronizado pela Constituição Federal de 1988 e desenvolvida desde então em um conjunto de instituições e processos que asseguram o controle social e a gestão compartilhada entre governo e sociedade civil. No entanto, esses mecanismos seguem restritos às áreas sociais, ambientais e culturais, além de aplicarem-se também ao planejamento urbano.

A suposição que embasa a democracia participativa é de que ela é necessária à inclusão social, além de propiciar o reconhecimento e diálogo entre os diferentes, igualados em instâncias políticas com regras de convivência definidas.

O que se pergunta nesse momento é que tão democrática é a participação dos eleitores em ataques aos adversários em redes sociais virtuais, sem que um espaço público de diálogo e respeito mútuo seja estabelecido.

Por outro lado, também se deve perguntar qual o(s) significado(s) da participação popular, que pode variar desde mecanismo de construção de consensos e coesão social até a mera legitimação do controle e da coerção estatal na gestão da população nos territórios marginais e periféricos das cidades.

Sobre esse assunto ver o artigo Metonímias da participação pacificada em Scripta Nova, numero 20 de Janeiro de 2015.

VENEZUELA: LA ABSURDA POLÍTICA TERRITORIAL BOLIVARIANA ¡UN ALERTA!

Rosa M. Estaba

La política territorial bolivariana es inconstitucional, a-histórica y nociva. Es la culminación de la autocracia revolucionaria que, con la inesperada lluvia de petrodólares, cultivó el difunto Presidente Hugo Chávez.

¿Inconstitucional?

Reedita la reforma a la constitución negada en el referéndum de 2007 y que, como dijo el mismo Chávez, trastocaría “…el esquema geográfico de la geometría del poder o geopolítico interno que hemos heredado (…) del siglo XIX, (…) de la colonia”.

El plan pasa por ABORTAR EL ESTADO FEDERAL DESCENTRALIZADO, justiciero sistema de distribución vertical del poder público consagrado en la Carta Magna de 1999 ¿Cómo abortar un pacto social avalado con la exitosa descentralización territorial conquistada desde 1989, luego del primer sufragio directo y secreto de los gobernantes federales y municipales?

Sabotear. Construir a toda costa el andamiaje del Estado Socialista ejercido directamente por el pueblo y basado en la comuna, célula fundamental tutelada y supletoria del municipio autónomo. CONSTRUIR EL ESTADO COMUNALHIPER-CENTRALIZADO, CUYA ALETARGADA Y EFÍMERA CRISTALIZACIÓN HA OBLIGADO A RECURRIR AL ACORRALAMIENTO.

¿A-histórica?

No es de poca monta desafiar la historia para lograr un patrón territorial del desarrollo“óptimo”. Peor aún si la “planificación” descansa en el Presidente de la República y en dos principios, además de voluntaristas, opuestos a las innovadoras dinámicas propias de la globalización: Sociedad de la Información, Economía del Conocimiento y Metropolización.

El principio de desarrollo endógeno encubre un modelo anti urbano y al margen del mercado. Gravitado en la explotación de recursos naturales y en los atributos de los habitantes de un territorio, su fortaleza dependerá de la supuesta integración de cadenas productivas, que sean capaces de crear y garantizar diversas formas socio-productivas locales y regionales.

Un segundo principio, el de equilibrio territorial, anuncia el fin de las desigualdades. Bastaría actuar con dos medidas. Por una parte, racionalizar trillados criterios de incentivos al sector privado, y de asignación de los recursos públicos. Reorientar, por otra, la distribución geográfica de las actividades productivas cotejando ventajas comparativas: ¡las mismas fuerzas invisibles que explican la satanizada localización históricamente modelada por los venezolanos!

Para un cambio tan radical se valen de unas entelequias dibujadas y promocionadas desde la cúpula hegemónica.

La espina dorsal de la propuesta la forman tres ejes de desarrollo. Su trazado es imaginario y totalmente inverso al recorrido por la densa red de ciudades que, a manera de arco, colma y desborda la Unidad Costa Montaña, enlazando al conjunto Caracas (capital republicana)-Valencia-Maracay con cinco focos regionales en pleno crecimiento. Los dos primeros, el eje occidental y el oriental, se orillan con sentido norte-sur por las fronteras extremas de Venezuela. Dos ejes que alguna vez se unirían entre sí, a través del tercero: el Orinoco-Apure de las yermas y dilatadas sabanas centrales y selvas del sur. (Figura 1)

Del impulso de desarrollo brotarían dos nuevos mapas de Venezuela.

El mapa de ciudades se fundaría en la comuna arraigada a un distrito motor de desarrollo. La primera es el ente de articulación de organizaciones comunitarias. El segundo alude a una unidad de gestión territorial formulada para ámbitos a equipar y difundidos sin distingo por todo el país.

La comuna, convertida en epicentro de la inversión, sería el germen de la ciudad comunal a forjar, por iniciativa popular y por agregación de varias comunas, sin mirar delimitaciones ni identidades federales o municipales.

El otro es el mapa político-administrativo. Superpuesto al actual, revela un uso reiterado del concepto federal que desvirtúa la doctrina de reparto territorial del poder nacional. La federación comunal, bisagra de dos o más ciudades comunales, reemplazaría a la constitucionalmente reconocida entidad federal. A la gentilicia división territorial de Venezuela se le montaría la confederación comunal integrada por la suma de las federaciones. Por encima de esta y para “mejorar el contacto del Gobierno con el pueblo y reforzar la eficiencia de la gestión pública”, se decretan seis regiones federales de desarrollo integral.

¿SEREMOS TESTIGOS DEL ECLIPSE DE LA VENEZUELA DEMOCRÁTICA, PRÓSPERA Y MODERNA, Y EL PARALELO ALUMBRAMIENTO DEL ESTADO COMUNAL? (Figura 2)

¿SEREMOS TESTIGOS DEL ECLIPSE DE LA VENEZUELA DEMOCRÁTICA, PRÓSPERA Y MODERNA, Y EL PARALELO ALUMBRAMIENTO DEL ESTADO COMUNAL?

¿SEREMOS TESTIGOS DEL ECLIPSE DE LA VENEZUELA DEMOCRÁTICA, PRÓSPERA Y MODERNA, Y EL PARALELO ALUMBRAMIENTO DEL ESTADO COMUNAL?

¡Una fábula nociva!

Despilfarran recursos y desmantelan o abandonan el ejemplar patrimonio atesorado. Destruyen la descentralización territorial. Desatienden los lugares donde vive la gente. Incitan el caos y su alarmante escalada de problemas: apagones, fallas en la dotación de agua potable, ruina de la red vial, escasez de alimentos, medicinas y viviendas, colapso de la planta educativa, crisis hospitalaria, degradación de ciudades y campos, inseguridad ciudadana, exclusión, pobreza exacerbada.

Rosa M. EstabaMS en Teoría y Metodología Geográficas Profesora-Investigadora Asociada, Jubilada de la Escuela de Geografía de la Universidad Central de Venezuela Numerosas investigaciones y publicaciones, entre otras: -Del caos a los territorios inteligentes. Biblio 3W. Revista Bibliográfica de Geografía y Ciencias Sociales. (Serie documental de Geo Crítica). Universidad de Barcelona. Barcelona, España. 2008. -Una invitación para discutir sobre la Geografía desde mi experiencia profesional. Revista Geográfica Venezolana. Universidad de los Andes, Mérida, 2008. -De territorio Salvaje a Territorio Construido. Siglo XVI a siglo XX. En edición.

Pasado y futuro se mezclan y cobran protagonismo en un entorno rural marcado por una importante industria minera

Situada a 20 km al sur de Hellín (Albacete) y con una tradición azufrera de más de 400 años, aparece la pedanía de Las Minas, que debe su nombre precisamente a esta enrevesada industria del alcrebite (azufre) que durante toda su vigencia fue capaz de posicionarse como la número uno a nivel nacional, llegando a producir más de 6 millones de kg de este mineral en torno a 1910.

No solo tuvo repercusiones en el contexto Español, sino que también logró alcanzar un gran reconocimiento internacional, sobre todo a nivel Europeo, superando las dificultades de desarrollo que dan las limitaciones de un espacio rural que por aquel entonces carecía de innovaciones tecnológicas y de capital que augurasen un futuro prometedor para este sector industrial.

Ya en época romana se explotaba esta mina, aunque la actividad nada tenía que ver con los métodos empleados posteriormente, ya que al encontrarse el azufre oculto en el subsuelo, se iba extrayendo de una manera espontánea, empleándose principalmente como herramienta para el alumbrado.

Con la llegada del periodo árabe, fue cuando comenzaron a encontrarse los primeros datos fidedignos sobre la existencia del azufre en estas minas, reflejados en textos de importantes geógrafos musulmanes. Si bien, lo más curioso de su descubrimiento posterior, es que fue un acontecimiento totalmente fortuito ya que durante la quema de rastrojos en una zona aledaña, cuando el fuego se extendió más de la cuenta llegando a este espacio, provocó la quema del azufre, que se encontraba oculto en el subsuelo, y el fuerte olor que desprendió fue el indicador preciso que dio conocimiento de la existencia de este mineral.

Así, el año 1562 en el que se produjo este accidente, marcó un antes y un después en la explotación de este espacio minero. Tras pasar la propiedad de las tierras por varias manos privadas, con la llegada de Felipe II al trono, y posteriormente durante los siglos XVII-XVIII el domino de este territorio quedó a cargo de la corona, donde los asentistas (contratados por la misma) eran quienes se encargaban de la explotación de estas minas, cumpliendo las funciones de contadores, veedores y administradores.

Los problemas de un sistema de aprovechamiento y extracción del azufre tradicional, pronto comenzaron a hacer mella en los beneficios, y ello unido a la competencia a nivel internacional que suponía el azufre siciliano, no dejaron buenos resultados para esta época de dominio público. Si bien, a nivel nacional la importancia de esta industria era crucial, puesto que casi todo el azufre empleado en los siglos XVIII-XIX provenía de estas explotaciones.

Con la llegada de las leyes de minas en 1859, se derogó la pertenencia de la propiedad pública de las Minas de Hellín, que tras pasar de nuevo por varias manos privadas, se convirtió en 1901 en la “Sociedad Azufrera del Coto de Hellín” bajo la dirección del oficial de artillería Guillermo O´Shea.

Ello trajo consigo una modernización en el sistema de producción que no habría sido posible sin la construcción de una central eléctrica aprovechando la proximidad del río Mundo, y lo que es más importante, sin la creación de un ferrocarril (1904) que evitó uno de los principales problemas de esta explotación: el aislamiento.

Aunque en los periodos de guerra esta industria del alcrebite jugó un papel fundamental para la armamentística, fueron numerosos los problemas que cada vez más frenaban su desarrollo: la competencia del azufre estadounidense, las sucesivas huelgas de 1920 a 1930, las sequías, etc… Finalmente, el 20 de Octubre de 1960 tuvo lugar el cierre definitivo de la mina y con ello comenzó la decadencia de todo un pueblo minero, que a pesar de las dificultades de vida que tienen en este medio rural que perdió su principal actividad sustentadora, todavía encuentran en él diversas alternativas (agricultura o ganadería) con las que poder quedarse.

Ya no solo en el pasado este espacio fue capaz de ser un punto estratégico y fundamental para el territorio nacional, sino que en la actualidad, a pesar de estar la industria totalmente obsoleta, son otros temas los que ocupan las primeras planas del devenir de un pequeño pueblo rodeado de ruinas que conservan entre ese caos, grandes vestigios de todo un pasado glorioso.

Fiascos urbanísticos en espacios protegidos, incendios devastadores, derribos de viviendas, despoblamiento, abandono, etc… son muchos de los titulares que hoy día preocupan a esta pequeña sociedad, ya que afectan negativamente al desarrollo de un lugar que después de tantos vaivenes, ha dejado entreabiertas las puertas a nuevas posibilidades que aunque con muchos interrogantes, pueden augurar un nuevo futuro.

Para mayor información:

Romera Tébar, Cristina. Las minas de Hellín (Albacete): huellas del pasado en un espacio olvidado.

GeoGraphos. [En línea]. Alicante: Grupo Interdisciplinario de Estudios Críticos y de América Latina (GIECRYAL) de la Universidad de Alicante, 13 de febrero de 2014, vol. 5, nº 63, p. 167-205.

Cristina Romera Tébar es estudiante de Grado en Geografía y Ordenación del Territorio, Universidad de Alicante.

Fotografía:

Imagen actual del antiguo edificio de almacenamiento del azufre, con el paisaje de fondo de la mina ya abandonada.
Imagen actual del antiguo edificio de almacenamiento del azufre, con el paisaje de fondo de la mina ya abandonada.

La comarca: un territori de vida i un concepte marginat

Europa, segle XXI. Estat espanyol i 17 comunitats autònomes, algunes d’elles amb voluntat d’independència. Com és possible? I aquest sentiment també és present actualment en territoris d’alguns països com Escòcia, Bretanya, Còrsega… Alguns altres ho han aconseguit inexplicablement (o no) com Kosovo o Montenegro. Tot a la vella i consolidada Europa. És evident que el territori és un element dinàmic i que cal tenir en compte.

Al si d’algunes comunitats que formen l’Estat espanyol, també hi ha un fort sentiment comarcal, en uns casos més tradicional i vivencial, i en altres amb visió de futur i pragmatisme. En aquest breu article anem a introduir-nos en la realitat de la comarcalització al País Valencià com a exemple de la importància de la vertebració territorial en un espai que està fora dels grans estudis geogràfics i congressos que s’hi dediquen. I a més, explicat en una llengua minoritzada al si d’una de les poques revistes que ho tolera com és GeocritiQ.

Al País Valencià, una de les comunitats autònomes d’Espanya, encara no ha arribat a fer-se realitat oficial aquesta distribució territorial, al contrari del que ha passat a Catalunya que ja disposa d’una Llei de comarcalització. És més, al País Valencià la falta de suficient pressió popular i la despreocupació dels governants sobre les possibilitats funcionals que hi pot tindre, fan que la comarca continue oblidada per uns, sol·licitada molt a sovint per l’oposició política i bandejada sempre pel govern corresponent. No obstant, és evident que aquesta estructura espacial és cada vegada més sentida per uns, reclamada per altres, amb interessos concrets i que molt lentament van configurant-se amb major o menor intensitat segons els diversos sectors i zones de que es tracte. La tradició popular ha anat recollint en certa forma la consciència d’aquest tipus d’afinitats immediates que pot representar el fenomen comarcal, condicionant les seues reduïdes dimensions en uns casos a qüestions fisiogràfiques o econòmiques tradicionals com el temps que durava el transport al mercat (amb ase o amb carro) o funcionals com la situació de les principals ciutats i les seues àrees d’influència.

En l’actualitat la doble divisió en províncies i municipis instituïda el 1833 no sembla tenir massa dificultats per a funcionar en la major part de la societat valenciana. Tanmateix, són certes les nombroses dificultats que molts municipis han començat a mostrar com a conseqüència de la seua inescaient capacitat per a prestar uns serveis cada vegada majors i més necessaris a les seues veïnes i veïns. A més a més, la greu descompensació territorial que ha patit el nostre país amb una forta concentració demogràfica al litoral o la segregació de petits nuclis per localisme o interessos, mostren un espai viu. També la tradicional acusació a la província de ser un element desvertebrador o innecessari en una realitat superior com és el País Valencià o l’extraordinari centripetisme que exerceixen les capitals i que la indústria pateix, són altres de les raons que conflueixen en la pressura per determinar altres fórmules organitzatives alternatives o complementàries que intenten evitar-ho com pot ser la comarca. Així mateix, és evident que també a nivell de participació democràtica, aquesta divisió administrativa pot afavorir la participació ciutadana i apropar i descentralitzar serveis, tot i considerant que a nivell legislatiu, tant la Constitució espanyola com l’Estatut d’Autonomia del nostre país possibiliten aquesta figura organitzativa.

De fet, han estat diverses les propostes de comarcalització, però tanmateix és sabut que mai no s’han explicitat amb detall els criteris que hi ha a la base de les divisions precedents, fins i tot d’alguna que ha assolit la més ampla acceptació com reconeixia el professor Ninyoles ja en la dècada dels vuitanta. No obstant, sembla haver existit dos moments àlgids de debat sobre aquesta qüestió. Una la podríem centrar al voltant dels anys vuitanta com a conseqüència de la transició democràtica i l’Estat de les Autonomies. L’altra amb molta menor força en l’actualitat, com a resultat de la desmobilització provocada pels grans partits polítics que veuen en el tema una autèntica guerra de capitalitats i delimitacions, compensada en part amb un creixement lent però constant de la consciència comarcal i de l’exigència per tenir els serveis més a prop del ciutadà.

Són diversos els tipus de comarques i diferents les perspectives que representen els seus elements. En primer lloc caldrà destriar des de l’òptica jurídic-administrativa, si la comarca es veu com a una entitat territorial amb finalitat i funcions generals, o com a entitat institucional amb fins i funcions concretes. En segon lloc estarà la delimitació comarcal atenent a la realitat objectiva proposada pels geògrafs. Per als francesos representa l’actitud clàssica, de forma que les comarques no són parts del territori arbitràriament definides, sinó sistemes de relacions que es realitzen en l’espai. Front a aquesta postura, està la que considera a les comarques com a pures construccions mentals, defensada per gran part dels geògrafs anglosaxons i els economistes.

E

El sistema educatiu a través de totes les assignatures però possiblement amb més insistència des de les Ciències Socials, deu recuperar una visió dinàmica del territori i dels problemes de les persones que hi viuen al seu si. n tercer lloc respecte al contingut, cal remarcar el caire d’imprecisió i ambigüitat del concepte com ja hem comentat anteriorment, de forma que davant l’originalitat dels territoris es passà a l’estudi de les seues excepcionalitats sense interrogar-se suficientment al voltant del seu contingut. Primer fou l’espai natural, després el possibilista a través del seu caràcter agrari o amb criteris urbans, i a continuació una estructura uniforme o jerarquitzada a partir de les funcions nodals o polaritzades. En quart lloc la dimensió d’una comarca és un dels problemes de difícil solució, on l’extensió no ha de ser l’única variable sinó que l’escala havia d’estar en funció del territori concret així com de la seua finalitat. Un altra qüestió seria el problema dels límits, doncs no hi ha un criteri generalment acceptat i així els clàssics ho feien intuïtivament, els estructuralistes en funció de relacions fluctuants sense preocupar-se dels contorns i altres utilitzant criteris subjectius, prèviament explicitats i d’acord amb els objectius de la comarcalització, amb una barreja de mètodes qualitatius al costat d’altres quantitatius. I per últim, encara queda el tema dels serveis que hauria de prestar i quins temes comuns hauria de gestionar.

Front a tot aquest panorama, el sistema educatiu fou sensible en les dècades dels anys vuitanta i noranta, fins anar diluint-se en models artificials als llibres de text i pràcticament desaparèixer en l’actualitat. És un exemple més de com el sistema educatiu a través de totes les assignatures però possiblement amb més insistència des de les Ciències Socials, deu recuperar una visió dinàmica del territori i dels problemes de les persones que hi viuen al seu si. En definitiva, tot un conjunt d’interessos al voltant d’un concepte eminentment complex com és el concepte de la comarca, oblidat per la majoria oficial però amb un fort component de futur en una societat de progrés i serveis als ciutadans i ciutadanes.

Per saber-ne més:

RAMIRO ROCA, Enric. La Ribera: imatge i territori. Alzira: Mancomunitat de la Ribera Alta, 2000

Enric Ramiro és mestre i actualment treballa a temps complet a l’Àrea de Didàctica de les Ciències Socials al si del Departament d’Educació a la Universitat Jaume I de Castelló (País Valencià-Espanya)

COMPROMISO INDIVIDUAL Y PROYECTO COLECTIVO EN EDUCACIÓN

Xosé Manuel Souto González (Geoforo Iberoamericano. Gea-Clío, Universitat València)

En la enseñanza escolar existen muchos mitos y estereotipos. Uno de ellos consiste en entender la enseñanza como un arte y no como una ciencia o técnica; o sea, que se “nace” para enseñar y que dichas dotes no se adquieren por aprendizaje cultural. Sin embargo, las recientes investigaciones de las diversas ciencias, que analizan los modos y maneras de aprender de una persona, han puesto de relieve la importancia del entorno histórico en la construcción de la memoria y los razonamientos.

La voluntad y el compromiso individual son necesarios, aunque no sean suficientes

Para enseñar hace falta motivación, voluntad de comunicarse con otros congéneres y una meta de transformación cultural. De la voluntad nacen las emociones y sentimientos que modelan la manera de razonar y argumentar. Sin este compromiso personal es difícil trabajar en la enseñanza básica, pues hay que estar convencidos que la obligatoriedad de la misma es algo positivo para transformar la moral heterónoma en autónoma y crítica. Es decir, es necesario, aunque no sea suficiente, disponer de un ideal de ser humano social para dedicarse a la enseñanza.

También ayuda en la forja de la voluntad el contexto social y político. Las reivindicaciones de libertades públicas y el reclamo de los derechos ciudadanos permitieron crear un ambiente que influyó de manera decisiva en la transición de la dictadura a la democracia en el último cuarto de siglo XX en España. Ello generó unas actitudes personales hacia el espacio público, que provocaba un eco democrático en los claustros de los centros escolares.

De este compromiso personal y reivindicaciones colectivas nacen los proyectos educativos, como se pudo comprobar en los diferentes movimientos de renovación pedagógica de los años setenta y ochenta del siglo pasado, así como grupos de innovación en las distintas didácticas específicas. Nombres como Rosa Sensat, Escola d’estiu, Clarión, Cronos, Germanía, IRES… y otros más surgieron en el contexto español. Sin embargo, la mayoría de ellos han desparecido en este nuevo siglo XXI. En el caso específico de la enseñanza de las ciencias sociales apenas siguen funcionando de manera regular IRES y Gea-Clío.

La constancia en la innovación en los momentos difíciles es un valor incuestionable para impugnar las rutinas escolares

Este último grupo nació como consecuencia de los impulsos renovadores (más o menos idealistas o ingenuos) de los años finales de los ochenta, que derivaría por la vía institucional en la LOGSE. Desde entonces el grupo se ha venido reuniendo con una periodicidad casi mensual para planificar materiales curriculares, formarse de una manera autónoma y programar actividades para la formación de otros docentes.

¿Por qué más de veinticinco años propugnando innovaciones? En primer lugar porque las resistencias a un cambio de las rutinas escolares son grandes. Ello obliga a ser constantes en las propuestas. Por otra parte porque el ambiente político y social ha decaído, impidiendo más de una vez que las buenas voluntades se transformen en actividades públicas. Por último porque para innovar necesitamos contar con un grupo experimentado de personas y también de un programa de investigación sobre las estrategias docentes y los obstáculos en el aprendizaje discente.

La innovación necesita de la investigación educativa

Las propuestas de mejora se consolidan si se sustentan en una práctica profesional, pero también si están bien argumentadas desde la investigación educativa. Y para ello necesitamos contar con un conjunto de investigaciones particulares que confluyan en un proyecto curricular. Eso es lo que hemos venido defendiendo desde hace dos décadas en Gea-Clío y que se puede hoy mostrar de forma pública.

Además de los materiales para trabajar en las aulas se dispone de un conjunto de investigaciones sobre la institucionalización del saber (en especial sobre las Escuelas de Geografía) y sobre las particularidades de este en el medio escolar (evaluación, manuales escolares, memoria escolar, argumentación, identidades…).

No siempre es fácil acompañar la innovación con la investigación y tampoco esta es comprendida desde otros colectivos. La investigación y la innovación tienen puntos comunes, pero también diferencias que pueden alejar a una de la otra. Un proyecto curricular supone una estrategia de acoplar los intereses de los investigadores a las necesidades de las personas que quieren mejorar la enseñanza día a día.

Para saber más

Llácer, V. (2008). Innovación didáctica y cambios educativos en España. El Proyecto Gea-Clío. En Actas del X Coloquio Internacional de Geocrítica: Diez años de cambios en el Mundo, en la Geografía y en las Ciencias Sociales, 1999-2008. Universidad de Barcelona. Accesible en: http://www.ub.edu/geocrit/-xcol/20.htm

Souto González, X. M. (1999). Los proyectos de innovación didáctica: El caso del proyecto Gea-Clío y la didáctica de la Geografía e Historia. Revista Didáctica de las ciencias experimentales y sociales, 13, 55-80.

Xosé Manuel Souto González es director del Geoforo Iberoamericano desde 2008 y coordinador de Gea-Clío desde 1989. Es profesor titular de Didáctica de las ciencias sociales en la Universitat València. Desde 1979 ha trabajado en la educación ciudadana desde la aportación de Geografía en diferentes niveles escolares, en especial en Educación Secundaria.

¿Qué Europa se nos ofrece en la cultura escolar?

En las últimas elecciones europeas han saltado las alarmas cuando los resultados de los comicios han arrojado unos datos que confirman aquello que se venían anunciando desde diferentes ámbitos, el desencanto con la Unión Europea es cada vez mayor. Así se pone de manifiesto, por una parte, atendiendo al grado de participación en las mismas (pasando de un 62% en 1979 a un 43% en 2009 y 2014). Por otra parte, también se aprecia con el ascenso que han experimentado los partidos euroescepticos como el caso del Frente Nacional, partido más votado en Francia, que es uno de los Estados más relevantes dentro de la Unión Europea. Su discurso político se construye relacionando inmigración, identidad y gestión pública, en clave estatal, con lo que la Unión Europea impide el buen desarrollo de cada uno de los pueblos. A partir del análisis de estos resultados, parece evidente pensar que esta Europa está tambaleándose y que los puntos sobre los que se construye el discurso identitario europeo deben replantearse para que la sociedad se sienta más identificada con esta realidad.

Existe una estrecha vinculación entre identidad, ciencias sociales y educación. En los conflictos entre las personas y los Estados el factor identitario ha estado presente históricamente, como una de las causas principales a la hora de interpretarlos y ser explicados. Esto se puede apreciar en conflictos aún latentes en el mundo contemporáneo (la situación entre Israel y Palestina sería un buen ejemplo). Y también es observable en la realidad que percibimos en el día a día. El hecho de ser más afín a algunas personas nos hace relacionarnos con ellas con más frecuencia, o por el contrario recelamos tener contacto con aquellos individuos contrapuestos a nosotros. Por tanto el concepto identidad nos sirve tanto para explicar, en parte, la actuación y el comportamiento de la persona en singular como del colectivo de personas en plural, como seres sociales que somos. La identidad es en conclusión un factor de cohesión o de desunión social en tanto en cuanto marca pautas de comportamiento que los individuos adquirimos. La identidad la construimos constantemente, a partir de las relaciones sociales que establecemos pero también con nuestro aprendizaje. El saber no es sólo un recurso que utilizamos en un momento determinado, más bien, constituye el prisma con el que percibimos e interpretamos la realidad. En este sentido, la educación y también las ciencias sociales, han sido un campo de batalla política, por la posibilidad que brinda para reforzar aspectos concretos que construyen nuestra versión personal de la identidad nacional en la etapa de alumnos de gran influencia en el desarrollo posterior. Si se observan las distintas leyes educativas parece evidente que el factor que ha estructurado el currículo ha sido la realidad territorial estatal (historia de España, la España de los Austria, etc). No obstante, en la actualidad hay una realidad territorial superior que se ha introducido en el currículo y sobre la que existe la posibilidad de desarrollar una nueva identidad colectiva.

La forma de presentar el contenido sobre la UE puede influir claramente en la concepción del alumnado sobre Europa y su participación ciudadana.

La Unión Europea es una realidad territorial sobre la que construir un discurso que supere barreras mentales (las fronteras desaparecieron hace tiempo en este espacio), y lastres culturales que ofrecen cohesión nacional pero dificultan en muchos casos la interpretación heterogénea de lo que significa pertenecer a esta. Es decir, a las personas se nos califica como españoles, polacos o senegaleses porque pertenecemos a un país y compartimos una identidad nacional que nos define y diferencia del resto. Esto significa que debido a la casualidad de haber nacido en un Estado y no en otro, se me presuponen unas características que comparto con la población de mi mismo país, estamos modelados, pues, por un mismo patrón. Pasando a ser secundario el hecho de compartir ideas, inquietudes o sentimientos, por ejemplo con alguien que sea de un Estado diferente. Evidentemente este ejemplo es una exageración, pero nos sirve para entender que el discurso nacional que en la actualidad aún difundimos en las aulas, está vinculado a la realidad social que las élites burguesas quieren consolidar en el Estado-Nación decimonónico.

La globalización rompe las fronteras de la homogeneidad territorial

No obstante, la realidad social que percibimos y que perciben los alumnos de secundaria actualmente es muy distinta. La globalización conlleva un contacto permanente entre culturas que se refuerza por el fenómeno de la inmigración, rompiendo los esquemas encorsetados que definen a españoles, polacos y senegaleses. El territorio supranacional que conforma la Unión Europea es una gran oportunidad para construir un nuevo tipo de discurso atendiendo a esta realidad. Un discurso cohesionador de la sociedad, que tenga en cuenta que no somos (sólo) españoles, polacos o senegaleses sino que somos, sobre todo, humanos y ciudadanos del mundo, y que existen problemas y valores compartidos que nos unen por encima de las barreras mentales.

Es el caso por ejemplo de la contaminación de un río por los vertidos en un punto concreto de su cauce. Las consecuencias del vertido se apreciaran hasta la desembocadura del mismo; no importan pues las fronteras que los humanos establezcamos. En situaciones como ésta, las barreras que nos separan no funcionan para aislar o frenar este problema en concreto. Sirva también como ejemplo la extrema pobreza, que empuja a las personas a sobrevivir intentando saltar el muro. Puede ser real (como en Ceuta y Melilla) o metafóricamente (las diferentes situaciones de indigencia).

Así pues, la Unión Europea abre la puerta a crear un discurso diferente, encaminado a la participación ciudadana activa en la construcción y evolución del proyecto a partir de la identificación y no de la imposición. Esto sólo se puede conseguir a partir de la creación de diferentes cauces de participación y así lo interpretamos también en el ámbito educativo. El alumnado ha de ser partícipe de la construcción del conocimiento que le proporciona las ciencias sociales y a partir del cual incorpora elementos a su identidad individual.

La identidad europea que fomentamos en la ESO en la Comunidad Valenciana deriva en un academicismo sin ciudadanía activa.

Partiendo de las ideas que posee el alumnado de Secundaria sobre el fenómeno europeo que desde el ámbito académico se proporcionan, se concluye la falta de motivación e interés que sobre este tema tienen los y las jóvenes en España. Todo puede ser justificado en base a la holgazanería de los alumnos o intentar buscar otras respuestas, que expliquen en profundidad esta cuestión. El problema educativo que se observa es la falta de identificación de los jóvenes con la Unión Europea, y así la pérdida de oportunidad a la hora de crear una identidad intercultural de la sociedad que esto supone.

En la mayor parte de manuales que hemos consultado en nuestro estudio, encontraríamos una definición canónica -más o menos explícita- que explica, como si de una operación matemática se tratara, la Unión Europea y la repercusión para España una vez incluida en el proceso. Son el elemento central a partir del cual se estructura una sesión de ciencias sociales, pues se tratan de recursos muy elaborados que en numerosos casos modelan la programación del aula.

La Unión Europea es sinónimo de economía competitiva

En cualquier caso, la definición podría ser la siguiente: la Unión Europea se constituye con la finalidad de crear una realidad territorial capaz de hacer frente común a las potencias económicas, a partir de la creación de un gran mercado interior por la suma de todos los países que la forman y la especialización regional de cada uno de ellos. Así pues, la Unión Europea es sinónimo de economía. Pero no explicada según la economía real, es una cuestión meramente ligada al mundo de los negocios, las empresas, el crecimiento y la modernización de los Estados; pero ¿y eso de qué manera es percibido por el alumno? Como el conocimiento se plantea desde esta óptica, el alumnado de secundaria (futuros cargos públicos, barrenderos, tenderos o hombres/mujeres de negocios) no se identifican con algo que es tan lejano a sus intereses.

La lejanía con la que se percibe se hace mayor por el planteamiento pedagógico que se favorece desde los manuales. En el momento en el que una actividad que se concibe como un reto intelectual para el alumno, ya que se trata de la aplicación del mismo, pero se plasma como una repetición textual, sólo se favorece la memorización del mismo. En la memoria almacenamos aquellos aspectos que nos pueden ser útiles en periodo a corto plazo, la aplicación práctica de este conocimiento amplía la duración de este conocimiento en la memoria. Con esto, se pretende evidenciar que sin ser un contenido ligado al interés del alumnado, al cual además no se le hace partícipe de este aprendizaje, poco estamos ofreciendo para la identificación con la Europa intercultural del alumnado. El ejemplo claro es que si se explica un discurso y la actividad de final de página pide la repetición de aquello que aparece al principio de la misma, repetimos la información, la memorizamos y rápidamente la sustituimos por aquella que consideramos nos será más útil para la vida.

La lógica del estado nación y los deseos interculturales

En este sentido el vocabulario, las imágenes y los documentos responden aún a la lógica del Estado-Nación; y así se observa en conceptos como inmigración o en los mapas donde las fronteras persisten, creando una imagen de suma de Estados. Estos elementos se presentan también con el fin de crear una imagen positiva de la Unión Europea, como si de un producto fantástico se tratase que nadie puede rechazar comprar. Así el alumnado, como cliente, elegirá si comprar o no ese discurso precocinado y que muchas veces dependerá del contexto histórico que condicione las informaciones que inundan la sociedad ya sea a través de los medios de comunicación tradicionales como de Internet. No es tan fácil comprar la “Europa de la troika” como lo era comprar la “Europa del principio del euro”, ahora, como se ha puesto de manifiesto en las elecciones: no todos quieren ser europeos, una oportunidad que se va perdiendo. Las migraciones posteriores a la definición de las fronteras étnicas de la Segunda Guerra Mundial han dado lugar a un mosaico intercultural en los diferentes Estados que conforman la Unión Europea. Este palimpsesto cultural sólo se puede desarrollar con una política social que permita la cohesión y la convivencia de las diferencias. En esto nos jugamos el futuro democrático de Europa.

Para mayor información:

GALÁN OLCINA, Odiel. Ja som Europeus? La creació i difusió de la identitat europea als manuals escolars. Trabajo Fin de Máster de investigación en didácticas específicas, presentado en la Facultat de Magisteri de la Universitat de València, en 2013, y dirigido por Xosé Manuel Souto González.

Odiel Galán Olcina es Investigador del grup GEA-CLIO.

LA VIVIENDA NO ES EFICIENTE EN EL USO DE LA ENERGIA ELECTRICA

Cuando revisamos los consumos eléctricos en los sectores de grandes demandas de energía, y en este caso la energía eléctrica, se observa que sectores como el Industrial, el Transporte, el Comercial de Gran Consumo están en permanente disminución, principalmente por la necesidad de bajar costos y aumentar competitividad a los productos o procesos que desarrollan.

La necesidad de mejorar la calidad de vida lleva a consumir mas energía eléctrica Hoy las intensidades energéticas en estos sectores vienen disminuyendo, pero no es lo que sucede en los consumos eléctricos de las residencias. En este sector los consumos han ido creciendo. La necesidad de mejorar la calidad de vida lleva a consumir más energía eléctrica para optimizar o mejorar las necesidades de la familia. Podemos observar un aumento de los aparatos eléctricos en la familia, el hogar, desde teléfonos móviles hasta artefactos eléctricos de lavadoras, secadoras de ropa, equipos de calefacción y refrigeración para mejorar el acondicionamiento de la vivienda o el hogar familiar.

También estamos viendo la aparición de otro elemento de juego en esta demanda como es el auto o medio de transporte individual eléctrico, que va en la dirección que estamos abordando. La demanda de energía eléctrica en la vivienda va en aumento e irá creciendo salvo que se la intervenga desde los organismos públicos.

No solo es un problema que siga en ascenso la demanda de electricidad sino que también se incrementa la contaminación ambiental debido a un aumento de energía a base de quema de hidrocarburos para producirla.

La residencia o consumo domiciliario no toma conciencia de que es un partícipe importante en la demanda de energía eléctrica. Un tercio aproximadamente es la cuota que la residencia demanda del total de la energía eléctrica disponible a escala municipal, provincial o nacional y seguirá creciendo. Y con ella seguirá creciendo la generación de gases de efecto invernadero con el fuerte impacto en los cambios o modificaciones significativas sobre el clima.

El consumo de electricidad per cápita en los hogares está creciendo y muestra tendencias diversas

El consumo promedio de electricidad por persona en el sector doméstico es muy diverso en las regiones del mundo, dependiendo del nivel de desarrollo de la sociedad y de la calidad de los aparatos eléctricos, como puede ser la importancia de la calefacción eléctrica de ambientes. Estos valores van desde alrededor de 800 Kwh/persona para los países de Europa Central y del Este, hasta 1.500-2.000 Kwh en Europa Occidental, Japón y Oceanía, y supera los 4.000 Kwh en América del Norte. Sin embargo, la poca disponibilidad de datos sobre el consumo de electricidad por uso final limita las posibilidades de dichas comparaciones.

Consumo doméstico de electricidad por persona

Fuente: ENERDATA

En todas las regiones, el consumo por persona está aumentando, incluyendo los países que están experimentando una transición económica como los casos de China e India. El aumento es especialmente rápido en los países en vías de desarrollo con un elevado crecimiento económico (por ejemplo países asiáticos), y se está acelerando. Sin embargo, desde 1990 esta progresión general ha venido ralentizándose en todas las regiones. Este desarrollo es particularmente importante en los países desarrollados de Europa del Oeste y América del Norte, que pusieron en marcha políticas para mejorar el rendimiento o la eficiencia energética de los artefactos eléctricos (etiquetado, estándares de eficiencia).

La intensidad energética del sector de servicios está aumentando

En los países en desarrollo, la principal fuente de energía utilizada en el sector de servicios es la electricidad. Por lo tanto, en cuanto al sector doméstico, los indicadores considerados aquí se centran en la electricidad. La cantidad de electricidad requerida para generar una unidad de valor agregado (la intensidad eléctrica) está aumentando en la mayoría de las regiones, especialmente en las regiones menos industrializadas, en las cuales el sector de servicios se está expandiendo rápidamente, y en países con requisitos de acondicionamiento de aire. En América del Norte y Oceanía, con elevados niveles de intensidad de energía, la relación es bastante estable.

Intensidad de la electricidad en el sector de servicios

Fuente: ENERDATA
Intensidad de la electricidad en el sector de servicios
Fuente: ENERDATA

Emisiones de CO2 procedentes de la combustión energética

Un quinto de la población mundial genera alrededor del 60% de las emisiones mundiales de CO2 Las regiones desarrolladas son los mayores emisores de CO2 procedentes de la combustión energética. América del Norte, Europa Occidental, CEI, Japón y CEEC juntas contribuyen 60% del total de las emisiones mundiales de CO2, si bien representan sólo un quinto de la población mundial. China y América del Sur son los dos emisores principales en las regiones en desarrollo, con 15% y 6% de las emisiones totales, respectivamente.

Distribución de las emisiones mundiales de CO2 procedentes del uso de la energía (2002)

Fuente: ENERDATA
Distribución de las emisiones mundiales de CO2 procedentes del uso de la energía (2002)
Fuente: ENERDATA

Las emisiones de CO2 que proceden de la combustión energética aumentaron en general desde 1990.

Los niveles de las emisiones de CO2 varían significativamente entre los países. Los países en desarrollo con un elevado crecimiento económico han registrado un crecimiento superior al 50% en sus emisiones de CO2 (NIC, Medio Oriente, Asia Meridional y China). Las regiones más desarrolladas (América del Norte, Japón, Europa Occidental) experimentaron un incremento menor debido a un bajo crecimiento económico y a la implementación de políticas de cambio climático. La disminución de las emisiones en los países de Europa Central y del Este y la CEI se debe a la marcada contracción de sus economías en la década de 1990. Como resultado de estas tendencias, las emisiones de CO2 provenientes del uso de la energía en 2002 son 16% más elevadas que en 1990.

Evaluación de políticas e impacto sobre la eficiencia energética en el uso de la energía eléctrica

Una evaluación sobre las políticas y su impacto sobre las medidas de eficiencia energética en el campo de la energía eléctrica deben orientarse según:

  • la importancia de las medidas puestas en marcha
  • las prioridades en la agenda de la administración
  • las tendencias que se observan
  • las medidas que son favorecidas
  • las medidas innovadoras
  • los resultados y sus adecuaciones en el corto y mediano plazo

La evaluación también recurre a casos de análisis implementados en otros estados o regiones del mundo. Algunas de las siguientes medidas, que están ampliamente implementadas se sabe que son efectivas y complementarias

  • los estándares de eficiencia y etiquetado para electrodomésticos y equipos de uso masivo
  • los planes financieros innovadores para implementar uso eficiente de la energía eléctrica
  • los acuerdos voluntarios o negociados con grandes consumidores de energía o fabricantes de equipos
  • los centros de información energética local particularmente para el hogar y la oficina
  • los paquetes de medidas publicas como auditorías asociadas con planes de financiación para mejoras y adecuaciones de las instalaciones

Para mayor información:

BRAGONI, Dante. “A modo de prólogo”, en Cortellezzi, Mónica y Karake, Nesrin Rosa. Atlas de la energía de Mendoza. Medoza: Usillal Ediciones, 2013.

«Consejo Mundial de la Energía: Políticas e Indicadores de eficiencia energética» http://www.worldenergy.org/

Dante Bragoni es Ingeniero Civil con antecedentes en temas de agua y energía. Actualmente es Docente y Secretario del Instituto de Energía de la Universidad Nacional de Cuyo, Mendoza, Argentina. http://www.imd.uncu.edu.ar/paginas/index/energia