INTEGRAÇÃO REGIONAL EM CIDADES GÊMEAS: TURISMO NAS FRONTEIRAS

Edson Belo Clemente de Souzai

Introdução

A tríplice fronteira formada por Brasil (BR), Paraguai (PY) e Argentina AR), Figura 1, não é apenas uma união de limites territoriais e políticos, é também um espaço dinâmico de relações diversas.

O artigo tem o objetivo de analisar a região fronteiriça entre Brasil, Paraguai e Argentina sob o ponto de vista do turismo, em particular. Para tal objetivo, trata-se aqui de considerar o fluxo de visitantes dos grandes atrativos ali existentes, nomeadamente: Parque Nacional do Iguaçu, Parque Nacional del Iguazú, Ruínas Jesuíticas e Itaipu Binacional.

Figura 1: Localização da Tríplice Fronteira Brasil, Paraguai e Argentina
Figura 1: Localização da Tríplice Fronteira Brasil, Paraguai e Argentina

Características dos atrativos turísticos

O turismo nas áreas fronteiriças, sobretudo aqueles atrativos abaixo, envolvem relações decorrentes de interações sociais que ocorrem entre os atores sociais dessas áreas, podendo estar articulados por meio de diferentes níveis sociopolíticos (federal, estadual, municipal e de representatividade da sociedade civil – com as respectivas equivalências em países vizinhos) e com grande potencial de se efetivar em cidades gêmeas.

Em se tratando mais especificamente das características das cidades de fronteira, esses espaços apresentam um caráter ambíguo, pois ao mesmo tempo que delimitam territórios distintos, permitem também o vínculo e o contato constante entre as populações, em maior ou menor grau.

Parque Nacional do Iguaçu

A área das Cataratas do Iguaçu é um conjunto de cerca de 275 quedas de água no rio Iguaçu, área localizada entre o Parque Nacional do Iguaçu, no Paraná, Brasil, e o Parque Nacional Iguazú, em Misiones, Argentina, fronteira entre os dois países. As áreas de ambos os parques nacionais são contínuas entre si e, somadas, totalizam de 250 mil hectares de floresta subtropical.

Em 2015, o número de visitantes no Parque Nacional do Iguaçu foi de 1.642.093, de 172 nacionalidades. Essa visitação é a maior já registrada na unidade de conservação. Os brasileiros lideram o ranking, com 916.995 visitantes. Na sequência dos países com mais representatividade vem, pela ordem, Argentina, Paraguai, Estados Unidos, França, Alemanha, Espanha, Inglaterra, Peru e Japão.

Ruínas Jesuíticas

A comunidade missioneira busca no turismo uma alternativa para a melhoria da qualidade de vida de sua população, pois acredita que a atividade turística pode ser um instrumento eficaz de crescimento socioeconômico, podendo também contribuir para a preservação dos sítios arqueológicos que integram o conjunto patrimonial regional. Assim, nas últimas décadas foram criados programas e projetos em prol do desenvolvimento do turismo regional, todos eles objetivando resgatar as obras realizadas pelos jesuítas-guarani, divulgar a história das Missões, consolidar a região como um Polo Turístico Internacional e, principalmente, contribuir para o desenvolvimento e integração regional.

Itaipu Binacional

Sobre a procedência dos visitantes da Itaipu, desde o início das visitações, em 1977, constata-se que os brasileiros, os argentinos e os paraguaios são a maioria, com 49, 21 e 15 por cento, respectivamente. Isso se deve, além da proximidade, a uma iniciativa de preços diferenciados aos vizinhos fronteiriços. Tal medida tem sido aspecto favorável para uma integração entre esses povos, irmanados não somente pela cultura latino-americana, mas também por laços fortes de serviços aferidos pelo turismo.

Figura 2: Percentual de diferentes nacionalidades que visitam a Itaipu Binacional
Figura 2: Percentual de diferentes nacionalidades que visitam a Itaipu Binacional

Fonte: Itaipu Binacional. Elaboração: Rafael Folmann dos Santos

Um grande potencial para transformar o territorio

A organização da estrutura socioespacial na zona de fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina abriga espaços contíguos, mas as populações vivem em realidades distintas, distinções oriundas de um processo histórico diferencial de evolução das três sociedades.

A Itaipu é um “divisor de águas” na história do desenvolvimento urbano desses municípios, pois promoveu significativas alterações sob o ponto de vista urbano e econômico, implicando transformações espaciais e configurando na região uma nova realidade sob um novo cenário pelo incentivo da atividade turística como forma de produção desse espaço.

Além da Itaipu, as Cataratas do Iguaçu e do Iguazú, como também as Ruínas Jesuíticas, desempenham importante potencial de desenvolvimento turístico para os três países: Brasil, Paraguai e Argentina. Há, porém, entraves que têm dificultado um alcance de melhor aproveitamento, pois se fazem necessários acordos supranacionais para que essa região, cujos territórios turísticos estão em áreas contíguas, tenham programas e/ou políticas integradoras.

Todos os atrativos patrimoniais, bem geridos, podem transformar o território onde está inserido. A integração regional nessa tríplice fronteira em parte já é uma realidade. O turismo que envolve os três países atrai serviços que polarizam ações em prol do desenvolvimento de todos. A implantação de uma política de integração não resolverá tudo, mas atenua debilidades administrativas, financeiras, técnicas, econômicas, redução de custos e hábitos de ações e políticas comuns ao invés das individualistas.

O turismo poderá ser um vetor importante para o desenvolvimento econômico na perspectiva de que o mesmo se posicione como uma atividade central para um planejamento transfronteiriço, integrado e regionalizado em nível supranacional, alcançando um novo grau de institucionalização e cooperação.

Os atrativos turísticos apresentados ao longo do artigo são uma demonstração de integração possível de serem consolidados entre os três países e as cidades gêmeas são o locus privilegiado para promover a cooperação internacional e o desenvolvimento regional. No bojo do desenvolvimento regional, evidenciado no número de turistas que os visitam, faz-se necessário um planejamento integrado de desenvolvimento para que todos os recursos sejam otimizados e melhor aproveitados.

O fator planejamento é a perspectiva de uma equidade política de Estado entre os três países, que se estabelece em uma nova lógica de interferir nos territórios turísticos. Os investimentos alavancados poderão ser aplicados em infraestrutura e serviços, assegurando mais qualidade na oferta turística.

As cidades gêmeas se tornam um caso específico de estudo, onde mesmo não tendo um governo comum, as relações de vizinhança e complementaridade fazem com que reações em diversos setores que ocorrem em uma cidade, impactem de certa maneira a outra, vizinha, e vice versa. A relação de vizinhança tem contribuído naturalmente para a troca, para o intercâmbio de informações e culturas, com possíveis influências no espaço urbano. Portanto, é importante um Planejamento Urbano e Regional com políticas públicas mais específicas para as cidades de fronteira, região formada pelo nacional e internacional, mas que possui uma identidade local única.

Para maiores informações:

SOUZA, Edson Belo Clemente de Souza. O turismo como integrador regional em cidades trigêmeas: Foz do Iguaçu (Brasil), Ciudad del Este (Paraguai) e Puerto Iguazú (Argentina). In Revista Cuadernos de Geografìa, v. 26, p. 355-371, 2017.

i

Professor do Programa de Pós-Graduação em Geografia, Universidade Estadual de Ponta Grossa (Estado do Paraná – Brasil). Correio eletrônico: Edson.belo@uepg.br Orcid.org/0000-0003-3307-0518

Montañita, un lugar ideal para el surf en Ecuador

by Wilmer Carvache Franco

La comuna de Montañita se encuentra ubicada en la parroquia de Manglaralto, provincia de Santa Elena en Ecuador, es un lugar turístico de sol y playa, donde la práctica del surf es un deporte con alto flujo de visitantes. Este trabajo se propone analizar el perfil, motivación y satisfacción, de los turistas extranjeros que vistan el destino.

Este importante balneario turístico de Ecuador, está ubicado a 200 km de la ciudad de Guayaquil, convirtiéndose en un destino muy visitado para aquellos turistas que arriban a esta ciudad, por el aeropuerto internacional José Joaquín de Olmedo o por su terminal terrestre Jaime Roldós Aguilera.

Foto: Ecuador.beaches.org
Foto: Ecuador.beaches.org

Montañitas fue declarado en el año 2016 “Ciudad de surf” por la World Cities Surf Network (WCSN), debido a sus atractivos naturales y culturales, la playa es amplia y con un fuerte oleaje el cual es favorable para las prácticas y competencias de este deporte, la infraestructura que prevalece en Montañita es de estilo moderno e incorpora materiales de la zona como la madera y el Cade, proporcionando un ambiente agradable para la estadía del turista. La gastronomía del destino se caracteriza por el uso de una gran variedad de mariscos y frutos del mar, combinados con platos nacionales e internacionales.

En la década de los sesenta del siglo XX, el lugar se convirtió en un sitio de encuentro para turistas, en su mayoría extranjeros que venían a disfrutar de la playa, las olas, la diversión, el descanso y el contacto con la naturaleza.

En la actualidad el perfil de los turistas es, tanto hombres como mujeres, procedentes de varios continentes, en su gran mayoría solteros, con edades comprendidas entre los 20 a 29 años, con estudios universitarios y ocupaciones como profesionales independientes que llegan al lugar movidos con la idea de disfrutar del sol y la playa y tomarse un buen descanso. Llegan en grupos pequeños, que permanecen en el lugar con estadías cortas y hay otro segmento de turistas que deciden permanecer más tiempo en este hermoso destino, arriban por lo general en transporte público, en busca de hoteles, hosterías, zonas de camping y hostales que suelen ser los más preferidos.

Foto: Visit.Ecuador.travel
Foto: Visit.Ecuador.travel

Los principales lugares de interés para sus visitantes en este destino con hermosos atardeceres son: visitar la playa, los restaurantes de comida típica, discotecas y bares, lugares para la práctica de surf y sitios de turismo de naturaleza.

La playa se constituye en el principal atractivo turístico de este destino, que se promociona a través de boca oreja; y para aquellos amantes del surf se sienten atraídos por la temperatura del agua y el alto oleaje, con sus rompientes olas de derecha tipo point-break y el Beach-Break; las cuales son muy apreciadas para la práctica de este deporte.

La ubicación de los hoteles y la calidad de las comidas y bebidas de los restaurantes son las variables más valoradas por los turistas, lo que demuestra la importancia de la playa y la riqueza gastronómica del destino. La fidelidad se ve reflejada en el deseo de retornar al sitio y la satisfacción se denota al ser un lugar que recomendarían con sus familiares y amigos, lo que evidencia el potencial turístico con que cuenta este importante balneario de la costa ecuatoriana y de América Latina.

Es importante que las diferentes administraciones públicas, tanto nacionales como locales, con responsabilidades en el sector turístico y las empresas privadas, trabajen en mejorar el destino y desarrollen estrategias con la finalidad de reforzar las variables más valoradas tanto en los servicios hoteleros como en los servicios de restaurantes.

Para mayor información:

Carvache Franco W., Torres Naranjo M. & Carvache Franco M. (2017). Análisis del perfil y satisfacción del turista que visita montañita–Ecuador. Cuadernos de Turismo, (39), 113-129. http://revistas.um.es/turismo/article/view/290461/212041

Wilmer Carvache Franco: Es Profesor e investigador de la Facultad de Ingeniería Marítima, Ciencias Biológicas Oceánicas y Recursos Naturales de la Escuela Superior Politécnica del Litoral. Guayaquil- Ecuador.

Capacidad de carga turística, una herramienta para el desarrollo del turismo sostenible

Gustavo Perruolo y Cristopher Camargo*

En los últimos años ha sido notable el auge del turismo; desarrollo de nuevas infraestructuras hoteleras, conformación de empresas prestadoras de servicios y de nuevos destinos turísticos, demuestran el interés económico por su práctica y crecimiento. Lamentablemente, muchas son las experiencias que demuestran la incomprensión de las áreas donde éstas se realizan, y que han conllevado a la conformación de aglomeraciones de turistas, lo que se traduce en insatisfacción a la hora de disfrutar el paisaje o de emplear el espacio disponible para sus prácticas de ocio y esparcimiento.

Pensar en medios para desarrollar las áreas donde se realizan las prácticas turísticas actualmente y aquellas con probabilidades de implementarlas de forma sustentable y agradable a los visitantes, resulta de mucho interés y un reto a la vez, tanto a las comunidades involucradas como a las instituciones públicas y empresas privadas que las regentan.

Una de las estrategias para lograrlo bajo estas premisas, lo constituyen las estimaciones de capacidad de carga turística, utilizadas para la generación de datos que puedan permitir determinar líneas de acción con miras a mejorar la infraestructura y los servicios relacionados con la práctica del turismo. Un ejemplo de este enfoque lo constituye el realizado en el área adyacente al salto de agua natural Chorro El Indio, en el estado Táchira, entidad regional andina y fronteriza de Venezuela, frecuentemente visitada en días de asueto, principalmente, tanto por ciudadanos nacionales y extranjeros.

Partiendo de un inventario de la infraestructura existente (ventas de comida, hoteles, áreas de picnic, andenes, entre otros), georreferenciada a través de un receptor de GPS y empleando una imagen satelital Quick Bird, de muy alta resolución espacial, y a través de un sistema de información geográfica (SIG), se calcularon diversos parámetros que conforman la ecuación de capacidad de carga, y que son conocidas como capacidad de carga física (CCF), real (CCR) y efectiva (CCE).

El primer parámetro debe ser entendido como el límite máximo de visitas que se pueden hacer a un sitio durante un día y que está dada por la relación entre el horario y el tiempo de visita, el espacio disponible y la necesidad de espacio que amerita el visitante, el segundo por su parte, es definido como el mejor estado que la administración de un área protegida debe tener para desarrollar sus actividades y alcanzar sus objetivos y el último, define propiamente, el número efectivo de visitantes por día que se pueden realizar, sin deteriorar los elementos físicos naturales.

A partir de dichas estimaciones, se logra demostrar que el área presenta una gran demanda, principalmente por parte de los habitantes de la ciudad de San Cristóbal, siendo su CCF de 2.344 visitas/día, la CCR de 1.029 visitas/día y la CCE de 629 visitas/día, respectivamente. Este análisis, conjuntamente con el de inventario de los sitios prestadores de servicios, permitió diagnosticar de manera concreta y rápida los principales condicionantes del desarrollo turístico del área, estudio del que además se desglosa, las posibilidades de definir a manera de objetivo central, el fortalecimiento del lugar como destino ecoturístico sostenible, de aprovechamiento eficiente de los recursos naturales y de generación empleo y riqueza a sus habitantes. El éxito o fracaso de este objetivo central dependerá de las estrategias que sean desarrolladas, insistiendo en que estas sean analizadas antes de ser puestas en marcha.

Si bien la estimación de la CCE constituye una estrategia indispensable para la conservación ambiental y el adecuado desarrollo de la actividad turística, es claro que la restricción de visitantes conlleva a una inmediata disminución de ingresos y el eventual desaliento de los prestadores de servicios. Por este motivo, es ineludible avanzar en los procesos de concertación social con la comunidad, para alcanzar acuerdos acerca de los beneficios (no solo económicos) de la implementación de un sistema de acceso controlado al lugar. También es necesario que se considere las coyunturas ambientales para la conservación de la biodiversidad, en un proceso que conlleve a la proyección de iniciativas locales a largo plazo, que permitan el mejoramiento en las condiciones de vida de la comunidad.

Resulta evidente que el cálculo de la capacidad de carga turística se transforma en una herramienta, que entendida y sistematizada, da fundamentos cualitativos y cuantitativos que apoyan la toma de decisiones técnicas, operativas e investigativas en áreas con potencial para el ecoturismo y la educación ambiental.

Finalmente, otros aspectos necesarios que mejorarían la práctica turística, serían fomentar la participación e iniciativa de la población local; mejorar las vías de acceso; identificar los productos turísticos existentes y asegurar su sostenibilidad; así como también estimular la comercialización de productos locales que pudieran servir como atractivo del área.

Para mayor información.

PERRUOLO, Gustavo y CAMARGO, Cristopher. Estimación de capacidad de carga turística en el área Chorro El Indio, estado Táchira, Venezuela. Cuadernos de Geografía, Noviembre 2017, vol. 26, no. 12, p. 77 – 90.

*Perruolo y Camargo son profesores de la Universidad Nacional Experimental del Táchira (Venezuela).

Análisis de la demanda de oleoturismo en Andalucía

Francisco Orgaz Agüerai

El oleoturismo es una tipología turística que se relaciona con el mundo del olivo y el aceite de oliva, y que contribuye al mantenimiento del patrimonio cultural y al desarrollo social. El desarrollo del oleoturismo puede generar beneficios importantes para el desarrollo rural como el incremento de los impactos positivos en el área geográfica a partir de nuevas formas de explotación del olivar y el aceite de oliva, y la aparición de sinergias con otros sectores, lo que puede generar nuevos beneficios económicos para las comunidades rurales locales. Además de la conservación de las técnicas tradicionales de producción de aceite de oliva y el desarrollo del turismo gastronómico y del turismo industrial, que a su vez pueden fomentar el desarrollo socioeconómico y sostenible en el destino, lo que favorece la creación de nuevas empresas y empleos cualificados.

El objetivo de este trabajo es analizar el turismo del aceite de oliva desde el punto de vista de la demanda, mediante el conocimiento de la motivación y la satisfacción del visitante de los museos, almazaras y centros de interpretación del aceite de oliva en Andalucía. El área geográfica objeto de la presente investigación es la comunidad autónoma de Andalucía, más concretamente las provincias de Córdoba y Jaén. La metodología de esta investigación ha consistido en la técnica cuantitativa del cuestionario, utilizada para conocer las opiniones, percepciones, valoraciones y el perfil sociodemográfico de las personas que visitan los museos, almazaras y centros de interpretación del aceite de oliva. El trabajo de campo, basado en la realización de encuestas, se desarrolló entre los meses de marzo y octubre de 2014. Se eligieron seis puntos de encuestación (dos almazaras, dos museos del aceite de oliva y dos centros de interpretación) en las zonas oleícolas de Córdoba y Jaén. Una vez cerrado el proceso de recepción de los cuestionarios se procedió al análisis de los mismos mediante el programa informático SPSS 15.0.

TABLA 2. PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO DE LOS OLEOTURISTAS.

VariablesPorcentajeVariablesPorcentaje
Sexo (N=394) Hombre Mujer
43,1% 56,9%
Nivel de estudios (N=388) Educación primaria Educación secundaria Educación universitaria
12,6% 35,1% 52,3%
Edad (N=391) Menos de 30 años 30-39 años 40-49 años 50-59 años 60 años o más
14,6% 5,1% 9,7% 16,9% 53,7%
Categoría profesional (N=386) Profesional liberal Asalariado Funcionario Estudiante Ama de casa Jubilado
16,1% 13,7% 10,1% 13,0% 6,7% 40,4%
Renta (N=330) Menos de 700€ De 701-1.000€ De 1.001-1.500€ De 1.501-2.500€ Más de 2.500€
6,1% 6,3% 23,7% 32,7% 31,2%
País de procedencia (N=401) España Francia Reino Unido Alemania Otros
43,1% 28,2% 11,7% 6,2% 10,8%

Fuente: Elaboración propia.

Entre las principales características sociodemográficas (tabla 1) de los oleoturistas encuestados, se desprende que la distribución por sexo es homogénea si bien el porcentaje de mujeres es ligeramente superior al de hombres. En cuanto a la edad del turista que practica este tipo de turismo más de la mitad de personas pertenecen al grupo de mayores de 60 años. En lo que respecta al nivel de formación se puede afirmar que se trata de un turista con estudios universitarios. Este tipo de turista además es jubilado y cuenta con un nivel de ingresos alto. España es el país que más visitantes aporta seguido de Francia y Reino Unido. La mayoría de oleoturistas encuestados nunca habían visitado la zona geográfica donde se realizó la encuesta, la forma de viajar es con compañeros de trabajo o amigos y con pareja y decidieron realizar el viaje por experiencia propia o por la recomendación realizada por amigos y familiares. En cuanto al tiempo de permanencia en destino, se produce una estancia de tres a siete días. En lo que respecta al consumo de aceite de oliva por parte de los turistas que practican oleoturismo, el oleoturista es una persona que consume aceite de oliva todos los días.

El principal motivo para visitar las almazaras, museos y centros de interpretación del aceite de oliva por parte del viajero es aprender sobre el mundo del aceite de oliva. Comer y beber productos de la zona y el entretenimiento también se configuran como motivos de importancia para determinar la visita. Otras motivaciones como el probar productos de la tierra o simplemente la desconexión de la rutina también fueron muy valoradas por los turistas encuestados. Como contrapunto, los oleoturistas no son personas que viajan por motivos de trabajo o con la motivación de visitar amigos o familiares. La hospitalidad es el elemento mejor valorado de los destinos de oleoturismo en Andalucía seguido de la conservación de las infraestructuras. Si bien, un gran número de ítems fueron valorados con puntuación muy similar, aproximándose a los cuatro puntos, lo que pone de manifiesto que las instalaciones relacionadas con el oleoturismo gozan de la aprobación por parte de los visitantes y el grado de satisfacción es alto. Elementos como la conservación, la restauración, la limpieza del lugar, el alojamiento, la información o el precio del viaje son variables muy destacadas por los turistas. Por último, cabe destacar que el nivel de conocimiento del mundo del aceite y la motivación del viaje muestran un nivel de correlación bajo con respecto al grado de satisfacción general.

Entre las principales conclusiones, destaca que la cultura del aceite de oliva es muy valorada fuera de las fronteras españolas como así se desprende de los resultados del estudio, donde la segunda motivación del oleoturista ha sido conocer acerca del mundo del aceite de oliva. Esto lo corrobora el hecho de que el oleoturista es una persona consumidora de aceite de oliva a diario. Pero, el oleoturismo aún debe ser protagonista de una importante promoción por parte de entes públicos con la colaboración privada.

Para mayor información:

ORGAZ AGÜERA, Francisco, MORAL CUADRA, Salvador, LÓPEZ-GUZMÁN, Tomás, CAÑERO MORALES, Pablo. Estudio de la demanda existente en torno al oleoturismo. el caso de Andalucía. Cuadernos de Turismo, 2017, nº 39, p. 437-453.

i Francisco Orgaz Agüera es Vicerrector de Producción e Investigación Científica de la Universidad Tecnológica de Santiago, República Dominicana.

La crisis evidencia la Europa de las dos velocidades, también en turismo

Mercedes Jiménez García*

Según datos de la Organización Mundial de Turismo (OMT), Europa es la primera región turística a nivel mundial, tanto por llegadas como por ingresos de turismo internacional. Entre sus principales destinos turísticos, se encuentran países tradicionalmente turísticos y especializados en dicho sector, como es el caso de España, Francia, Italia, Grecia o Portugal, entre otros.

No obstante, Europa ha venido experimentando en las últimas décadas una desaceleración de su crecimiento turístico, frente a un elevado crecimiento de otros destinos emergentes tales como Oriente Medio o Asia y el Pacífico, pero esta desaceleración de las llegadas de turistas internacionales no se ha producido en todos sus territorios por igual. Se puede hablar, por tanto, de un importante crecimiento en la llegada de turistas en los países del Este, que se vio impulsado, sobre todo, por la adhesión de algunos de ellos a la Unión Europea y el cambio que esto conlleva a nivel económico, político, social, etc. (a partir de la quinta ampliación, en 2004 y las siguientes), frente a un crecimiento mucho menor de países tradicionalmente turísticos y ya maduros en este sector.

Pero… ¿qué pasó con la llegada de la actual crisis? ¿se mantienen estas tendencias? Las tasas de crecimiento turístico se invierten, el fuerte crecimiento turístico de los países emergentes del Centro-Este europeo (Letonia, Lituania, Bulgaria, etc.) experimentado en los años anteriores a la crisis, no se está manteniendo durante la misma, sino que, por el contrario, estos países son los que están experimentando actualmente un mayor descenso en el ritmo de crecimiento turístico. Frente a esto, se observa el comportamiento de países turísticamente más maduros con un crecimiento inferior de sus llegadas en época de bonanza pero que, durante la crisis muestran un menor descenso en sus tasas de crecimiento (como por ejemplo, Francia o Grecia).

Por lo tanto, se observa que ante las transformaciones acontecidas en la economía mundial en los últimos años (actual crisis económico-financiera), la demanda turística que, hasta el momento se encontraba dispersa ante una oferta cada vez mayor (destinos emergentes competidores), ha tendido, durante la misma, a la concentración en los destinos maduros, más desarrollados, y con mejores condiciones económicas, sociales, de calidad de vida, etc.

¿Es posible que este comportamiento venga, en parte, explicado por la diferente presencia en estos destinos de factores que afecten al turismo? La respuesta tiende hacia el sí. Se ha identificado que las variables económicas e infraestructurales son más determinantes en la atracción turística que otras de tipo medio ambiental o de calidad de vida del destino.

Variables EconómicasVariables InfraestructuralesVariables Medio ambientalesVariables de Calidad de Vida
IPC armonizadoComercio de bienes culturalesContaminación medio ambientalCamas de hospital
Tipo de cambioComercios minoristasContaminación acústicaDelincuencia o vandalismo
Renta pc disponibleEstablecimientos de alojamiento

Tasa de crecimiento del VAB


Algunos de los principales factores determinantes de la demanda turística

Es más, se ha comprobado que en las regiones europeas turísticamente más maduras se dan unos valores más elevados de estos dos factores más relevantes (económicos e infraestructurales). Hecho éste que puede contribuir a explicar que, durante la crisis, estas regiones hayan experimentado un descenso de su crecimiento turístico no tan pronunciado como el de las regiones emergentes, demostrando así, un comportamiento turístico mucho más estable (en época de bonanza y de crisis) y su consolidación en el sector.

No obstante, los cuatro factores analizados son elementos del desarrollo regional por lo que, un aumento de las inversiones en estos ámbitos y una elaboración de políticas estratégicas dirigidas hacia el adecuado fomento de los mismos, pueden contribuir al aumento de la demanda turística del destino así como a una mejor capacidad de adaptación ante cambios en el ciclo económico. Por otra parte, aunque los factores medio ambiental y de calidad de vida no se configuren aún como tan determinantes en la atracción turística como los económicos e infraestructurales, su creciente auge y las mejoras en su posibilidad de cuantificación y medición pueden conllevar un importante salto cualitativo en su posicionamiento en los futuros modelos de demanda turística.

Para mayor información:

JIMÉNEZ GARCÍA, Mercedes et al. Bipolaridad turística en Europa. Consolidación de destinos maduros en época de crisis. Cua­der­nos de Turismo, 2016, nº 38, p. 221-243. ISSN: 1139–7861 y eISSN: 1989–4635. Dis­po­ni­ble en <http://revistas.um.es/turismo/article/view/271431/199791>.

* Mercedes Jiménez García es profesora en el Departamento de Economía General de la Universidad de Cádiz, España.

La renovación hotelera en el punto de mira. Canarias como destino turístico maduro marca tendencia

Agustín Dorta Rodríguez*

La renovación hotelera dentro del panorama internacional está en el punto de mira. Turoperadores y especialmente usuarios turísticos observan con lupa las mejoras de las instalaciones turísticas en un sector muchas veces caracterizado por el inmovilismo y sobrepasado por la tendencia y la moda. ¿Cómo satisfacer una demanda insaciable que nunca se detiene y busca nuevas experiencias? Los destinos turísticos maduros lo tienen claro: renovando, única forma para superar la situación de obsolescencia y pérdida de competitividad que sufren. Las Islas Canarias, suponen un ejemplo de destino de masas español de referencia internacional, en el que desde hace algún tiempo se trabaja intensamente para modernizar algunas de lasváreas turísticas más envejecidas después de un largo tiempo de luces y sombras.

Si bien Canarias presenta una enorme diversidad en cuanto a destinos turísticos, es importante en el proceso de renovación edificatoria del sector de alojamiento de Puerto de la Cruz (Tenerife), un área turística pionera y consolidada de los años 60 que arrastra históricamente un pro­ceso paulatino de pérdida de competitividad. A pesar del gran potencial y reconocimiento histórico del destino, los resultados obtenidos desde los años 80 en cuanto a renovación del sector hotelero se refiere, nunca han sido muy halagüeños (más bien malos), revelando un importante déficit en mejoras, con reformas especialmente orientadas hacia la conservación y manteni­miento de las edificaciones turísticas con un carácter puramente paliativo. Un sistema basado en las “3p” (pintar, pavimentar y parchear) que ha puesto en la palestra las debilidades de un sector venido a menos.

Existen diversos factores que explican este proceso de depreciación(una normativa turística compleja con exigencias técnicas imposibles de cumplir para el sector, excesiva burocracia administrativa, falta de gobernanza, alta dependencia de turoperadores, problemas de inversión y financiación, altos costes de renovación, falta de incentivos reales, escasez de rentabilidad, modelos de negocio obsoletos, posicionamiento del destino equivocado, etc.) que ha llevado a Puerto de la Cruz a una absoluta situación de crisis turística y a la insostenibilidad de su modelo.

Sin embargo y a tenor de lo sucedido hasta fechas recientes ¿puede existir una resurrección turística en el sector hotelero? La respuesta es rotunda, sí.

Quizás para los más radicales, un destino como Puerto de la Cruz y un sector como el hotelero es difícilmente recuperable, pero lo cierto es que a medida que se ha ido avanzando en el tiempo, dejando atrás la fuerte crisis económica y especialmente, después de “tocar fondo”, solo se puede esperar crecer en positivo. El punto de inflexión lo encontramos en la constitución de la figura del Consorcio de Rehabilitación Turística de Puerto de la Cruz hace una década, ente público (con participación de varias administraciones) auspiciado y creado por la necesidad de tomar las riendas de áreas turísticas en situación K.Oy que parece haber generado un cambio de tendencia y visos de esperanza para el destino Puerto de la Cruz y particularmente para el sector hotelero. Desde el punto de vista de la nueva gobernanza turística, los resultados tendrían que haber aparecido ya, pero hay que tener en cuenta que un “proceso de renovación” conlleva, aparte de dinero, un compromiso firme y una buena dosis de paciencia.

Así, después de casi de diez años de trabajo del Consorcio, se ha empezado a desarrollar el Plan de Modernización, mejora e incremento de la competitividad turística (piedra angular donde se sostiene el nuevo modelo de ciudad Puerto de la Cruz) donde no solo se avanza en la modernización de la oferta de alojamiento turístico sino en la estrategia del destino con nueva marca y posicionamiento en el mercado nacional e internacional. De esta forma, junto a instituciones como Cabildo de Tenerife, Turismo de Tenerife, patronales hoteleras, Ayuntamiento y restantes actores privados, se viene trabajando para atajar de una forma contundente los problemas derivados del deterioro y obsolescencia del destino, con nuevos proyectos generadores de economía y con la decidida intención de modernizar la calidad de la oferta de alojamiento turístico.

Dada la firme voluntad de cambio de los diferentes agentes sociales y económicos, durante estos años se han firmado más de 30 convenios de proyectos de rehabilitación con el empresariado hotelero que se adaptan perfectamente a la demanda actual del turista del siglo XXI. Nuevos servicios y productos turísticos adaptados al espacio geográfico, novedosos modelos de negocio, aumentos de categoría, tematización y diferenciación hotelera, sostenibilidad y medio ambiente, etc., son algunas de las estrategias planteadas para la reinvención hotelera y la nueva carta de presentación del destino. Varios de estos proyectos de renovación se vienen ejecutando desde hace algunos años a través de diferentes fases y otros se sumarán en sucesivos años con el fin de ir aportando valor añadido al sistema turístico.

El tiempo determinara el éxito o fracaso de los mismos; pero sin lugar a dudas, ya existen evidencias y datos a través de estudios e informes de coyuntura turística del destino que confirman la mejoría de Puerto de la Cruz y el comienzo de su recuperación turística. Canarias sigue siendo foco y la tendencia al alza de la renovación hotelera se consolida como clave en todo este proceso.

Para mayor información:

DORTA RODRÍGUEZ, Agustín. El proceso de renovación de la oferta de alojamiento turístico en destinos consolidados: el caso de Puerto de la Cruz (1955-2009). Cuadernos de Turismo, 2016, Núm. 38, pp, 115-145. <http://revistas.um.es/turismo/article/view/271381/199741>

* Agustín Dorta Rodríguez es Doc­tor en Geografía por la Uni­ver­si­dad de la Laguna. Forma parte del grupo de investigación ReinvenTUR: renovación e innovación turística de la Universidad de la Laguna. Miembro de la Cátedra de Turismo CajaCanarias-Ashotel-ULL

Nuevo modelo de medición de la competitividad de los destinos turísticos

José Miguel Rodríguez-Antón*

Aunque el sector turismo es, desde hace décadas, el que más contribuye a la generación del Producto Interior Bruto de España, y aunque este país sigue ocupando posiciones líderes en el mundo tanto por la entrada de turistas, como por los ingresos generados por el turismo, como por su nivel de competitividad turística internacional, pueden darse una serie de factores, tanto exógenos como endógenos, que lleguen a provocar que deje de ocupar estos puestos de privilegio.

Para que España siga siendo un destino turístico de referencia, es necesario que continúe siendo competitiva a nivel internacional. En este contexto se ha desarrollado el estudio de referencia que ha propuesto un nuevo Modelo cuantitativo objetivo de competitividad de los destinos turísticos (MCOCDT), capaz de medir, de forma objetiva, el grado de competitividad turística de cualquier país como destino turístico.

Partiendo de los catorce pilares que configuran el modelo de referencia, que es propuesto por el WEF (2013), que está configurado tanto por indicadores cuantitativos subjetivos –basados en opiniones- como objetivos –basados en estadísticas o en bases de datos-, se han buscado, tan solo, indicadores cuantitativos objetivos de las variables que lo integran. En definitiva, lo que se pretendía era que todos los indicadores del nuevo modelo estuviesen basados en datos objetivos.

Tras un estudio empírico realizado, en el que se ha contado con la opinión de 186 expertos del sector turismo español –profesionales, profesores universitarios y especialistas en turismo- ha resultado que los pilares mejor valorados por estos expertos, como integrantes del modelo de competitividad turística, fueron las Infraestructuras del transporte aéreo, seguido por las Infraestructuras turísticas, la Seguridad y protección, los Recursos culturales, la Salud e higiene y los Recursos naturales.

Una vez creado este modelo cuantitativo objetivo de competitividad turística fue aplicado a los 28 países de la Unión Europea (UE), resultando que el país que logró obtener el mayor índice de competitividad turística de este espacio fue Alemania, seguido por Italia, Reino Unido, Francia y España. En cuanto a sus componentes, España se situó en primera posición de la UE atendiendo a la Sostenibilidad ambiental, en segunda posición por Recursos culturales y en tercera tanto por la Prioridad del turismo y del sector de viajes para el destino como por las Infraestructuras turísticas.

Para analizar la capacidad que tiene el MCOCDT de explicar el volumen de entradas de turistas internacionales en los países de la UE se comparado los resultados de competitividad obtenidos por este nuevo modelo propuesto y por el modelo del WEF (2013) con el número de turistas internacionales que entraron en estos países. Pues bien, se ha comprobado que los cinco países de la UE que logran atraer a un mayor número de turistas internacionales son los mismos que los que ocupan las cinco primeras posiciones según este nuevo modelo -aunque cambie el orden-, pero esto no ocurre con en el caso de modelo del WEF (2013) –por ejemplo, Italia no sólo no se encuentra entre los cinco primeros destinos de la UE, sino que se va a la decimoquinta posición según este modelo-. Es más, se ha comprobado, igualmente, que la correlación existente entre las entradas de turistas internacionales y las competitividades de estos destinos turísticos calculadas a través del MCOCDT -0,732- es considerablemente superior a la existente entre dichas entradas y la competitividad medida a través del modelo del WEF (2013) -0,546-, lo cual indicaría que nuestro modelo se ajusta en mayor medida a la capacidad de atracción turística de estos destinos que el modelo de referencia.

A partir de la realización del presente trabajo, se puede inferir que las Administraciones Públicas y, en segundo término, las empresas privadas, deben intentar mejorar aquellos pilares en los que España ocupa posiciones no tan relevantes como los indicados anteriormente. En concreto, España debe mejorar sus infraestructuras de telecomunicaciones, la apertura al turismo, la salud e higiene y el grado de cualificación de sus recursos humanos.

En conclusión, el nuevo modelo propuesto –el MCOCDT- posee un alto nivel explicativo de la capacidad de atracción de turistas internacionales de los países entendidos como destinos turísticos. Eso permite inferir que si España mejora en aquellos pilares en los que aún posee ciertas debilidades, sin duda elevará su nivel de competitividad internacional y el volumen de turistas extranjeros que nos visitan.

FRASE SELECCIONADA:

España, a pesar de su elevado nivel de competitividad turística internacional, debe mejorar sus infraestructuras de telecomunicaciones, su apertura hacia el exterior, la salud e higiene y la cualificación de sus profesionales.

Para mayor información:

Rodríguez-Antón, J.M.; Rubio-Andrada, L.; Alonso-Almeida, M. del M. y Celemín-Pedroche, M. de la. S. Aplicación de un modelo cuantitativo objetivo para la medición de la competitividad de los destinos turísticos. Cuadernos de Turismo, nº 38, (2016); pp. 411-427. (ISSN: 1139-7861 y eISSN: 1989-4635). DOI: http://dx.doi.org/10.6018/turismo.38.271501

http://revistas.um.es/turismo/article/view/271501/199861

* José Miguel Rodríguez-Antón es Catedrático de Organización de Empresas de la Universidad Autónoma de Madrid, España, director y fundador del Grupo de Investigación en Dirección de Empresas del Sector Turismo (GIDEST) y presidente de la Comisión de Estudio de Turismo de la Asociación Española de Contabilidad y Organización de Empresas (AECA)

TABLA 1.

Ranking por competitividad de los países de la UE según el MCOCDT y WEF (2013) y entradas de turistas
TABLA 1.
Ranking por competitividad de los países de la UE según el MCOCDT y WEF (2013) y entradas de turistas

Migraciones Norte-Sur en Europa: urbanismo y turismo en la Costa Blanca

Laura Domínguez Martínez, Pablo Martí Ciriquián, y Almudena Nolasco Cirugeda*

Desde hace varias décadas, se constata una elevada presencia de población noreuropea asentada con fines turísticos en la costa de la provincia española de Alicante, también denominada Costa Blanca. Este fenómeno ha contribuido a la transformación del territorio costero, en el que se ha producido un desmesurado crecimiento urbano.

Son notables los paralelismos encontrados entre el crecimiento urbano y el incremento del número de turistas noreuropeos en el territorio litoral de la provincia de Alicante.

Por una parte, a nivel territorial, la costa de la Comunidad Valenciana, y en concreto la Costa Blanca, ha experimentado cambios de ocupación influidos por el fenómeno del Urban Sprawl, tal y como se especifica en el informe Urban Sprawl in Europe realizado por la Comisión Europea y la Agencia Europea de Medio Ambiente. Esta transformación se cuantifica en el informe del Observatorio de la Sostenibilidad en España “Cambios de Ocupación de Suelo en España. Implicaciones para la Sostenibilidad”, que advierte del alto nivel de transformación del territorio español y destaca el frente litoral alicantino. Concretamente, en la franja costera de 0 a 2 kilómetros, Alicante es la tercera provincia española —después de Castellón y Huelva— en la que más artificialización de suelo se ha producido; y, en la franja de 2 a 5 kilómetros, es la provincia donde existe un mayor incremento en la superficie de suelo artificializado (92,2%), estando el resto de provincias españolas por debajo del 40%.

Por otra parte, la migración de noreuropeos a la Costa Blanca se produce por el interés de esta población en los atractivos del territorio costero y, aunque viajan como turistas, prolongan habitualmente sus estancias durante varios meses en los que alquilan o compran una vivienda en la que alojarse. Este tipo de turismo —que se denomina turismo residencial— tiene gran presencia en la provincia de Alicante, como destino principal en todas las estaciones del año y no únicamente en periodo estival, superando anualmente la cifra de 1.200.000 turistas. Este modelo de turismo residencial, arraigado en el territorio y en la sociedad durante las últimas décadas, ha conseguido la normalización de la situación para muchos de los noreuropeos, que han podido empadronarse en los respectivos municipios en los que residen. De este modo, la provincia de Alicante es la provincia española con mayor porcentaje de foráneos empadronados, llegando a superar esta población a la autóctona en numerosos municipios de las comarcas situadas al norte y al sur de la provincia.

Ambos hechos de naturaleza reciente, se han producido de manera paralela y se ha podido constatar que ambos factores han influido en la construcción de urbanizaciones creadas única y exclusivamente para el alojamiento de turistas noreuropeos. Dichas urbanizaciones poseen cualidades y parámetros urbanísticos comunes; y explican gran parte del crecimiento masivo de tejido urbano discontinuo producido en el litoral mediterráneo español durante las últimas décadas. Estos nuevos tejidos están caracterizados por una morfología urbana en la que abundan las tipologías de vivienda unifamiliar y que resulta en una integración paisajística un tanto peculiar.

 Urbanización Turística en El Poblenou de Benitatxell
Urbanización Turística en El Poblenou de Benitatxell

El auge del turismo residencial está relacionado con un importante incremento en la ocupación de suelo y con el crecimiento de la población noreuropea. Además, se observa que determinadas urbanizaciones se construyen según características arquitectónicas y urbanísticas comunes.

La incorporación de estos nuevos desarrollos urbanos de viviendas para noreuropeos al modelo tradicional de ocupación del mediterráneo ha generado un gran impacto territorial, paisajístico y social, que invita a reflexionar acerca de estas últimas actuaciones. Puesto que el mercado inmobiliario ha sufrido un descenso notable en su crecimiento, se considera el momento presente como idóneo para la reflexión y el análisis de las distintas transformaciones territoriales que se han producido en los últimos tiempos para abordar con acierto las actuaciones en el futuro.

* Laura Domínguez Martínez, Pablo Martí Ciriquián y Almudena Nolasco Cirugeda pertenecen al área de Urbanística y Ordenación del Territorio de la Universidad de Alicante.

Para mayor información:

DOMÍNGUEZ MARTÍNEZ, Laura; MARTÍ CIRIQUIAN, Pablo; NOLASCO CIRUGEDA, Almudena. Turismo residencial de noreuropeos en la Costa Blanca: su manifestación territorial y estudio de casos representativos Scripta Nova. Revista Electrónica de Geografía y Ciencias Sociales. [En línea]. Barcelona: Universidad de Barcelona, 1 de noviembre de 2016, vol. XX, no 547. <http://www.ub.es/geocrit/sn/sn- 547.pdf>. ISSN: 1138-9788.

El producto turístico español y el turismo chino

Aureli Lojo*

China es el primer mercado emisor de turistas a escala internacional, y la evolución de este país y las características de este turismo es uno de los fenómenos más apasionantes que afectan a la industria turística internacional. A partir del análisis de las características del turismo en China y la evolución de España como destino turístico internacional, se ha estudiado el turismo emisor chino y su particular visión del producto turístico español. Los objetivos del estudio son: identificar los patrones de los grupos de turistas de China en España y comprender las características de los paquetes turísticos que ofrecen las agencias de viajes chinas. Se ha explorado el mercado turístico chino online a través del análisis de contenidos de las páginas web de las principales agencias de viaje que operan desde el gigante asiático.

El desarrollo económico y la aparición gradual de turismo chino se enmarca en las recientes dinámica de consumismo en China. Después de la caída del Muro de Berlín, el gobierno chino se adaptó a la nueva situación internacional y a las demandas de su población mediante la adhesión al consumismo. Desde mediados de la década de 1990 el número de turistas chinos se ha incrementado de forma más rápida que en cualquier otro país y actualmente China es el principal mercado emisor de turismo. Cuando España fue calificado como un destino aprobado por la agencia de turismo chino, el número de turistas chinos en España comenzó a aumentar y en 2015 se han recibido más de 300.000 turistas de este país.

“actualmente China es el principal mercado emisor de turismo”

Para las agencias de viajes analizadas, la actividad más importante es visitar diferentes ciudades y sus elementos patrimoniales. Los resultados indican que los turistas chinos están interesados ​​principalmente en Barcelona, ​​Madrid, Sevilla, Granada, Toledo, Mijas, Ronda, Córdoba y Zaragoza. Además, los itinerarios suelen incluir paradas en ciudades portuguesas, como Lisboa, Óbidos y Cascaes. La estancia media en España es de 7,5 días, aunque el viaje llega a 10,5 días si incluye visitas a Portugal. Si tenemos en cuenta el tiempo de vuelo, el viaje puede alcanzar los 12 días.

Además, encontramos similitudes en la forma en la que los paquetes turísticos formulan su producto turístico. La formulación del producto por las agencias de viajes analizadas es la forma en que las empresas adaptan las cualidades del destino para adaptarse a las necesidades de sus clientes. Como parte de la formulación del producto, las agencias de viajes tratan de construir una imagen turística del destino en sus sitios web. A través de la categorización de los paquetes turísticos investigados, se generaron una serie de categorías de atracciones turísticas: los elementos históricos y culturales, el patrimonio monumental, los paisajes, el medio ambiente, el patrimonio intangible, la gastronomía y el vino, las compras y el fútbol.

La mayor parte de los elementos antes mencionados pueden ser vistos como aspectos patrimoniales del destino. El interés por la historia, los monumentos, el paisaje y el ambiente y la gastronomía revelan un interés en la cultura de España. Esto permite interpretar que las agencias de viajes están estimulando una mirada turística basada en los elementos culturales distintivos del destino. Otra dimensión que es manifestada por las agencias de viajes es la dimensión experiencial. Con el paquete turístico, el cliente podrá disfrutar de la comodidad y la facilidad del viaje organizado por las agencias de viajes. Al mismo tiempo, el viaje también es visto como una oportunidad para la educación, visitas turísticas y compras. Por lo tanto, la comodidad, la educación, el turismo y compras también están contribuyendo a la imagen global del producto ofrecido.

Las agencias de viajes chinas formulan el producto turístico en una dimensión cultural y una dimensión de experiencias ofrecidas. Formulando el producto turístico, en el ámbito cultural los elementos que interesan son el patrimonio, la historia, los paisajes, la gastronomía y el fútbol. En el ámbito de las experiencias, la comodidad, la educación, las visitas turísticas y las compras, son los principales elementos destacados.

En conclusión, la mayoría de los turistas chinos que visitan España lo hacen a través de agencias de viajes chinas y de grupos organizados. En España es necesario un trabajo adicional para mejorar los elementos clave de la industria: alojamiento, transporte, restauración y servicios en idioma chino. En estas áreas se debe hacer un esfuerzo para adaptar los servicios al turista chino. Si se superan estas debilidades, entonces los esfuerzos deben centrarse en la oferta de itinerarios de calidad de acuerdo con sus intereses. Se espera que este turismo crezca en Europa y es necesario prestar atención a sus necesidades con el fin de posicionar a España como un destino líder.

Para mayor información:

LOJO, Aureli. Chinese tourism in Spain: An analysis of the tourism product, attractions and itineraries ofered by the Chinese travel agencies. Cuadernos de Turismo, 2016, (37), p. 243–268. <http://doi.org/10.6018/turismo.37.256231>.

LOJO, Aureli & Cànoves, Gemma. El turismo chino en Barcelona. Elementos clave de un fenómeno reciente. Documents d’Anàlisi Geogràfica, 2015, 61(3), 581–599. http://doi.org/10.5565/rev/dag.267

Aureli Lojo es investigador predoctoral del Departamento de Geografía de la Universidad Autónoma de Barcelona y miembro del Grupo de Investigación en Turismo TUDISTAR.

Ficha Bibliográfica

LOJO, Aureli (2016). Chinese tourism in Spain: An analysis of the tourism product, attractions and itineraries ofered by the Chinese travel agencies. Cuadernos de Turismo, (37), 243–268. http://doi.org/10.6018/turismo.37.256231

Turismo y cultura en guerra: España, 1936-1939

Dolores Brandis e Isabel del Río

De 2014 a 2018 se está conmemorando el centenario de la Primera Guerra Mundial con actos de significación política y simbólica, con estudios y manifestaciones culturales y con el diseño de rutas turísticas o “caminos de memoria” que recorren los territorios devastados de Flandes a los Vosgos. Este hecho conecta con el título de este artículo, que alude a las prácticas turísticas y culturales llevadas a cabo por los gobiernos republicano y franquista durante la Guerra Civil Española, y se inserta en una de las muchas modalidades actuales de turismo cultural.

El turismo de guerra, “turismo político” o “turismo negro”, está relacionado con la visita a los sitios que están en guerra, como la arruinada ciudad siria de Deirez Zor o los escenarios bélicos ya pacificados, entre los que destaca el Campo de Concentración de Auschwitz, declarado Patrimonio de la Humanidad en 1979 y visitado por millones de personas cada año. Los viajes a los frentes bélicos se inician con la Gran Guerra y se consolidan con la Segunda Guerra Mundial a donde van viajeros individuales, expediciones, artistas, literatos, periodistas y reporteros de guerra, cuyas obras artísticas, crónicas y textos dan testimonio de lo que significa un territorio en guerra. Lo mismo ocurre con la llegada de visitantes extranjeros a España durante los tres años que dura la Guerra Civil, para los cuales los dos gobiernos combatientes diseñaron políticas turísticas para atraerlos al país, posibilitar su estancia y diseñar los recorridos más apropiados durante su visita.

A la Guerra Civil Española se la considera un laboratorio donde se pone en práctica por primera vez dos políticas culturales y turísticas de corte ideológico y propagandístico, con el fin de crear una imagen del país, diferente a la del enemigo, y difundirla al exterior. Y lo hacen los dos bandos con bastante éxito, si bien con sensibilidades diferentes ante la cultura y el turismo puestas en práctica durante la contienda.

En la España republicana, el Patronato Nacional de Turismo, heredero de la Comisaría Regia (1911-1928), continuó desarrollando, a pesar de las dificultades, parecidas tareas a las que venía desempeñando desde 1933. Eran éstas las de dar a conocer los valores culturales, patrimoniales y paisajísticos del país, así como la de modernizar las estructuras empresariales del turismo, inspirándose en esquemas utilizados por administraciones turísticas de otros países europeos. También tuvo interés en que los visitantes conocieran los frentes de guerra y los destrozos provocados por el ejército sublevado, como lo muestra la tarea cultural y turística que llevó a cabo el escritor Arturo Barea desde el Departamento de Prensa y Propaganda al acompañar a visitantes de guerra extranjeros para reconocer el oeste de la ciudad de Madrid y el barrio de Tetuán, destrozados por las bombas del ejército enemigo. Por otra parte, la cultura republicana tuvo como objetivo principal resaltar la imagen de un país democrático, la de la España atacada por el fascismo, que hay que defender y recuperar. El principal vehículo para difundir cultura y educación fue las numerosas e ilustradas revistas de guerra que surgieron en la España republicana como las de Nova Iberia, Nueva Cultura, información, crítica y orientación intelectual, editada por la Alianza de Intelectuales para la Defensa de la Cultura, y Visions de guerra i reraguarda.

Parecido papel tuvieron las revistas de guerra editadas por el gobierno franquista a sabiendas del papel estratégico que tiene el control de prensa, medios de comunicación y cultura. De entre las muchas revistas de guerra franquistas, destaca Vértice. Revista Nacional de Falange Española Tradicionalista y de las J.O.N.S., promovida por el intelectual Dionisio Ridruejo y sus compañeros Antonio Tovar, Rafael García Serrano, Gonzalo Torrente Ballester, Luis Rosales, Pedro Laín Entralgo y Luis Felipe Vivanco.

Portadas de la revista republicana Nueva Cultura, nº 4-5, 1937 y de la revista falangista Vértice, nº 1, 1937, www.magazinesandwar.com
Portadas de la revista republicana Nueva Cultura, nº 4-5, 1937 y de la revista falangista Vértice, nº 1, 1937, www.magazinesandwar.com

Para controlar el turismo, el gobierno franquista crea a principios de 1938 el Servicio Nacional de Turismo, cuya propuesta más acabada es el diseño de las Rutas Turísticas de Guerra que tienen como fin visitar los lugares de la “España Azul”, considerados como símbolos de resistencia bélica. Se señalan cuatro rutas que se apoyan en destinos consolidados, utilizan la infraestructura previa y se comercializan a través de folletos y mapas, entre los que destaca el titulado Rutas Turísticas de Guerra,que es un documento de promoción turística en guerra excepcional y ejemplo de cómo la propaganda turística es utilizada para reforzar la imagen de la España franquista, pacificada y renovada. La cara A del mapa se titula “Paisajes y huellas de la guerra en España” y la cara B contiene la frase: “España os invita a visitar la Ruta de la Guerra del Norte, el cinturón de hierro y las huellas, aún ardientes, de una epopeya inverosímil”

Mapa Rutas Turísticas de Guerra, (cara B), Servicio Nacional de Turismo
Mapa Rutas Turísticas de Guerra, (cara B), Servicio Nacional de Turismo

Biblioteca Nacional, Fondos Recoletos, sala Goya, MV/5 ESPAÑA, Rutas Turísticas, 1938.

Así pues, los gobiernos en disputa durante la Guerra Civil española consiguen crear un turismo y una cultura de guerra de gran significado y eficacia para los intereses de los dos bandos combatientes. Llama la atención la rapidez con la que pasa a considerarse al turismo como arma propagandística e instrumento eficaz al servicio de cada uno de los gobiernos, y lo mismo ocurre en los ámbitos de la cultura y las artes. Pero al final de la contienda desaparece el Patronato Nacional de Turismo, heredero del turismo moderno español iniciado a principios del siglo XX, y es sustituido por la política del Servicio Nacional de Turismo, que pone en funcionamiento un turismo de corte nacional-catolicista que se refuerza al fin de la guerra y se amplía a todo el país.

Para mayor información

BRANDIS, D. y RÍO, I. del. Turismo y paisaje durante la Guerra Civil Española, 1936-1939, Scripta Nova, V. XX, nº 530, 15 de febrero de 2016, 27 páginas.

Dolores Brandis e Isabel del Río son profesoras de Geografía Humana de la Universidad Complutense de Madrid y miembros del Grupo de Investigación: Turismo, patrimonio y desarrollo (www.ucm.es/geoturis)